Covid: Aumento de mortes e casos acendem alerta sobre o comportamento da população

O Brasil registrou 138.174 vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, e 4.595.960 casos confirmados da doença, segundo  levantamento do consórcio de imprensa divulgado na manhã desta quarta-feira (23).

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, divulgados na noite desta terça-feira (22), o total de mortes era de 138.108 e o de casos confirmados 4.591.604. Sete estados tiveram alta no número de mortes. São eles: Rio de Janeiro, Amapá, Amapá, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Foi o maior número de estados com crescimento de mortes desde 22 de agosto, há exato um mês.

A alta nos estados acontece no momento em que o Brasil vem registrando aumento de 8 % na média móvel de morte por Covid-19 em sete dias. Sendo o primeiro crescimento desde o dia 10 de agosto, duas semanas depois das aglomerações no feriado de 7 de Setembro, dia da Independência, nas praias, represas, parques, bares e restaurantes.

De acordo com a média móvel de mortes, calculada com base nos números de mortos dos últimos sete dias, o Brasil tem 707 mortes por dia, o que representa estabilidade em relação aos últimos 14 dias. Em relação à média móvel de casos, é 30.148 por dia, uma variação de 7% em relação aos casos registrados em 14 dias.

Mesmo com alta de casos em alguns estados, todas as regiões do país apresentam estabilidade de mortes por Covid-19 nesta terça-feira (22). Os números se referem à média das mortes diárias dos últimos 14 dias nas cinco regiões do país.

No mundo, apenas Estados Unidos e Índia registraram mais infectados do que o Brasil. São 6,8 milhões de infectados no país americano e 5,5 milhões na Índia, de acordo com balanço da Universidade Johns Hopkins.

DF ultrapassa RJ em taxa de mortes por Covid-19

O Distrito Federal ultrapassou o Rio de Janeiro e se tornou a unidade da federação com o maior índice de mortalidade pela Covid-19 a cada 100 mil habitantes, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, divulgados nesta terça-feira (22).

De acordo com as informações da pasta, a capital tinha 103,8 óbitos a cada 100 mil habitantes. Já o Rio de Janeiro, que até então liderava a lista, registrava 103,1 mortes na mesma comparação. Até a noite de terça, a doença tinha feito 3.131 vítimas no Distrito Federal.

Mesmo com índices alarmantes, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), libera eventos corporativos e esportivos, uso de piscinas, e diversas outras atividades.

Mortes por coronavírus dobra em Santos, em São Paulo

Depois das aglomerações e muita gente circulando sem máscaras nas praias no último feriadão, o número de mortes e casos por Covid-19 em Santos, no litoral de São Paulo, mais que dobrou nos últimos sete dias. O aumento foi de 140%, enquanto o número de casos subiu para 37%.

Os dados acendem um alerta sobre o comportamento da população em São Paulo. O estado, que é epicentro da pandemia no país, teve também um aumento de 27% na média de móvel de mortes nesta segunda-feira (21).

Situação nos Estados

Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte foram os estados que apresentaram aumento na taxa de mortes.

No caso do estado do Rio de Janeiro, há aumento pelo 5º dia seguido na média móvel de mortes, o que aponta para uma tendência de crescimento no contágio da doença. Na capital, a queda de leitos e o aumento no tempo de espera por vagas de UTI são fatores que já preocupam especialistas da área.

Nesta terça-feira (22), o Rio de Janeiro registrou 71 mortes e 1.710 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo governo estadual. Ao todo, são 17.798 vítimas e 253.756 infectados pela Covid-19 desde o início da pandemia, em março.

Acre, Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Roraima, Santa Catarina e Sergipe apresentaram queda na variação das últimas duas semanas.

Já Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins permaneceram estáveis.

 

Fonte: CUT Nacional

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