Governo distribui só agora vacinas da Pfizer que deveriam ter chegado em fevereiro

se gestão Bolsonaro e Pazuello não tivesse recusado, em fevereiro o país já teria recebido 3 milhões

O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (9) que vai começar a distribuir a partir de segunda-feira 10 o segundo lote de vacinas da Pfizer contra a covid-19. Serão 1,2 milhão de doses, destinadas para pessoas com comorbidades ou deficiência permanente, além de gestantes e puérperas. O primeiro lote, com 1 milhão, foi repassado na semana passada.

A distribuição chega com meses de atraso uma vez que a gestão Bolsonaro-Pazuello recusou no ano passado proposta da farmacêutica para a compra de 70 milhões de doses até dezembro deste ano. Deste total, 1,5 milhão seria entregue ainda em dezembro do ano passado e mais 1,5 milhão até fevereiro. O caso deve esquentar a CPI da Covid nesta semana, com a presença da presidenta da farmacêutica no Brasil, Marta Díez.

Vale destacar que o período entre fevereiro e abril foi o pior do país em número de mortes, com média móvel acima de 3 mil por diversos dias em abril e pico de 4.249 mortes no dia 8 daquele mês. Atualmente a média móvel está acima de 2 mil mortos diários.

Logística de distribuição
A distribuição dessa nova remessa, de acordo com o Ministério da Saúde, irá contemplar todas as unidades da federação de forma proporcional e igualitária. Ainda segundo a pasta, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as condições de armazenamento do imunizante.

No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C. Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.

“Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra.”

Fonte: Rede Brasil Atual (RBA)

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