Trabalhadores/as debatem estratégias para Transição Justa no mundo do trabalho

Representantes da IndustriALL-Brasil participaram, nesta quinta-feira (20/04), do Workshop virtual IndustriALL/FES sobre a criação de uma estratégia de Transição Justa no mundo do trabalho. A atividade contou com a participação de trabalhadores e trabalhadoras de diversos países, que realizaram uma discussão prática sobre o tema, debatendo ações, estratégias e exemplos de regiões que construíram caminhos para a inclusão da classe no processo.

No Workshop foi detalhado sobre a construção da discussão em quatro pilares, pautados na antecipação das mudanças climáticas, instalação de políticas industriais sustentáveis, políticas para a transição justa, bem como programas de apoio solidários sólidos e programas criativos voltados ao trabalhador.

Foi compartilhado entre os/as participantes, um guia com passos e prazos para a implementação de uma Transição Justa, que pode servir como base aos dirigentes sindicais para a realização de ações em seus respectivos países. Os trabalhadores e trabalhadoras também foram convidados a compartilhar como estão trabalhando o tema em suas bases, buscando uma contribuição de informações junto ao sindicato global.

O secretário regional para América Latina da IndustriALL Global Union, Marino Vani, afirmou que a reunião é estratégica e visa a defesa dos direitos da classe trabalhadora.

“Esse é um debate muito importante, uma discussão estratégica em âmbito regional. Somos responsáveis por defender os direitos dos/as trabalhadores/as e negociamos melhor quando discutimos esses temas”, comentou.

Para a vice-presidenta para América Latina da IndustriALL, Lu Varjão, a iniciativa, que fortalece a luta cotidiana, deve buscar a inclusão das minorias políticas.

“Essa união fortalece nossa luta cotidiana. Espero que todos possam sair dessa reunião fortalecidos, debatendo esse tema tão importante, para darmos andamento dentro e fora da IndustriALL. Percebi que tem muitas mulheres, não só como participantes, mas debatendo. Se a transição não for justa para as mulheres, não será justa para o planeta”, disse.

Durante a atividade, foi apresentado um guia para a Transição Justa criado pelo sindicato global, que apresenta uma discussão prática com exemplos de países e ações realizadas com relação ao tema. A diretora de programas, Fanja Rasolomanana, falou sobre as alternativas para um futuro alinhado à sustentabilidade.

“A transição já está posta. Precisamos decidir sobre as ações a serem tomadas, principalmente na questão energética, que garanta um futuro sustentável. Não é só lidar com descarbonização, mas tem a ver com as medidas que, por exemplo, contribuem com a redução da pobreza”, relata.

O debate também seguiu em torno da necessidade de políticas em torno do tema que sejam de Estado. “Precisamos garantir que essas políticas sejam de longo prazo, para além disso, os trabalhadores e trabalhadoras precisam estar presentes nessa discussão”, relata a diretora de energia, Diana Junquera Curie.

Fonte: CNM/CUT

Foto: Reprodução CNM/CUT

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

oito + 15 =