Solidariedade marca acampamento de mobilização contra demissões na Mercedes

Em cinco dias de acam­pamento contra as demis­sões na Mercedes-Benz os cerca de 300 trabalhadores que se revezam em vários tur­nos recebem apoio e soli­dariedade à luta a todo o momento. A mobili­zação acontece na praça do cruzamento entre a Av. 31 de Março, Av. Lions e o Cor­redor ABD, na Pauliceia, em São Bernardo do Campo (SP). Nesta sexta-feira (12), dirigentes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) estiveram no local para prestar apoio a luta.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, assegurou que a luta dos trabalhadores na Mercedes será nacional. "É uma obrigação de todos os trabalhadores participarem desta luta. Vocês, não estão sozinhos neste momento. Na próxima segunda-feira (12), estarei no Rio Grande do Sul e os companheiros irão saber o que está acontecendo. Será assim em todos os lugares que eu e os dirigentes da CNM/CUT estiverem. Não é demitindo os trabalhadores que a empresa irá resolver o problema", disse.

Para a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane dos Santos, a mobilização dos trabalhadores demonstra a força e união da categoria. "É uma categoria de exemplo para todas. Os metalúrgicos mostram mais uma vez que é protagonista na luta contra o capital. Esta luta também será levada a todos os trabalhadores de Minas Gerais", afirmou a dirigente, que também faz parte da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FEM-CUT/MG). Já o secretário de Juventude da CNM/CUT, Silvio Ferreira, acredita que a luta não pode ser enfrentada de maneira isolada. "Esta luta é de cada trabalhador e trabalhadora em qualquer canto do país e do mundo. A solidariedade e disposição de luta deve estar nas veias de cada um de nós. Vivemos mais uma vez um momento histórico da luta de classes. Trabalhadores e trabalhadoras, uni-vos!", finalizou.

Solidariedade

Já prestaram solida­riedade o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques; o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima; o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre; o deputado estadual pelo PT, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba; o presidente do PT de São Bernardo, Brás Marinho; o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e o vereador de Santo André, Alemão Duarte. Também visitaram o acam­pamento a Representação da Confederação Geral Ita­liana do Trabalho (CGIL); os Comitês Sindicais de Empresa, os Comitês Sindicais de Empresa na Volks, Scania, Karmann Ghia e nas fábricas de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra; e a Associação dos Metalúrgi­cos Aposentados do ABC, a AMA-ABC; entre outros apoios.

Demissões

Em maio, a montado­ra oficializou, por meio de telegramas, a demissão de 500 companheiros que estão em layoff (suspen­são temporária de contrato de trabalho) há um ano e deveriam retornar no pró­ximo dia 15. Atualmente, 7.500 trabalhadores ligados à produção estão em férias coletivas desde o dia 1º de junho, com volta prevista para o próximo dia 16.

Segundo o coordenador geral do CSE na Mercedes, Ângelo Máximo Pinho, o Max, a classe trabalhadora segue lutando por alterna­tivas de manutenção dos empregos, com o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE. “A proposta é para que seja mantido o vínculo com a empresa e o emprego em momentos que a produção estiver em baixa”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
 

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