STIMMMESL promove ciclo de estudos sobre saúde e segurança no trabalho

 

Iniciou nesta segunda-feira, 09, o “Ciclo de estudos: saúde e segurança no trabalho no Vale do Rio dos Sinos”, com o propósito de realizar um processo de formação em saúde e segurança no trabalho, em vista da sua melhoria na vida dos trabalhadores, no ambiente das empresas e no contexto da região. Dezenas de cipeiros e trabalhadores se reuniram na sala Ignacio Ellacuría, na Unisinos.

 

Além do encontro de ontem, os participantes realizarão atividades a distância, através da plataforma Moodle Unisinos, de 10 a 26 de novembro. No dia 26, das 18h às 20h acontecerá a conferência “Capitalismo Biocognitivo e Trabalho: desafios à saúde e segurança”, com a professora e Doutora daí FURB, Elsa Cristine Bevian. No dia 10 de dezembro será realizada a cerimônia de encerramento com entrega dos certificados.

 

Realidade da região

No primeiro painel: “Concepções e realidades da Saúde e da Segurança no Trabalho no país, no estado e na região do Vale do Sinos”, a professora ObservaSinos/IHU, Marilene Maia, apresentou dados que retratam  a realidade dos trabalhadores do Vale dos Sinos. “No RS, temos 3,1 milhões de trabalhadores formais e não podemos discutir saúde do trabalhador, sem abordar toda a vida dele. Um aspecto notável é que a população está envelhecendo, consequentemente, o trabalhador também”, destacou ela.

 

De acordo com os dados, 91,35% das empresas do Vale do Sinos não tem CIPA, pois não tem mais de 19 trabalhadores, número mínimo exigido por lei para a formação da Comissão. “Por isso é importante essa discussão como um todo, para além da empresa do cipeiro.”

 

Após, o auditor fiscal do trabalho, Roque Puiatti, parabenizou a iniciativa do Sindicato e da Unisinos. “A Universidade pode desempenhar um papel fundamental no Brasil, só precisa se apropriar disso, ocupar os espaços, trabalhar em parceria com outros setores”, pensa.

 

Puiatti abordou a legislação em relação a saúde do trabalhador como o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. “Esses debate é fundamental para fortalecer as CIPAS. As empresas sabem dos problemas que tem, só não dialogam como os trabalhadores. Cabe a gente qualificar os cipeiros para promoverem o debate com as empresas.”

 

Após, o representante do CEREST Canoas e Vale do Sinos explicou a atuação do centro na região. No final da manhã, foi realizado trabalhos em grupos visando construir os Mapas da Saúde e da Segurança nas cidades do Vale do Sinos.

 

Na parte da tarde, a diretora da CNM/CUT, Sandra Weishaupt, foi a painelista na mesa “Políticas, legislações e serviços garantidores da Saúde e da Segurança das empresas e dos trabalhadores.”

 

Parceria inédita

Na abertura da atividade, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo, Valmir Lodi, destacou o pioneirismo da parceria do STIMMMESL com a Unisinos, MPT e CNM. “Esperamos que este seja o primeiro de muitos Ciclos de Estudos que pretendemos promover. É muito importante discutir a saúde do trabalhador para além do sindicato, com a sociedade e a academia”, ressaltou.

 

Para o diretor da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, este é um espaço de troca de saberes e conhecimentos muito rico. “No dia da formatura, queremos os trabalhadores com suas famílias, comemorando mais esta qualificação, fruto de um debate importantíssimo para a sociedade”, disse.

 

A atividade é promovida Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo em parceria com o Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos (ObservaSinos), programa do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), Confederação Nacional dos Metalúgircos (CNM) e o Centro de Referência da Saúde do Trabalhador da Região do Vale do Rio dos Sinos e Canoas – CEREST.

 

Fonte: STIMMMESL

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