Curso para cipeiros feito pelo Sindicato, em parceria com Unisinos, pode ser levado a outras regiões

Cerca de 50 cipeiros cutistas que atuam em empresas metalúrgicas na região gaúcha do Vale dos Sinos concluíram, na última quinta-feira (10), o primeiro curso de formação sobre saúde e segurança no trabalho na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Após a experiência no Rio Grande do Sul, o projeto também será levado as demais regiões do Brasil.

 

A formação para cipeiros faz parte de uma parceria entre a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), o Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo (RS), o Centro de Referência de Saúde do Trabalhador da Região (Ceret) e o Instituto Humanitas Unisinos.

 

“O projeto, que era para ser piloto, já terá a segunda turma de cipeiros na região no próximo ano. A Confederação vai buscar parcerias com sindicatos cutistas e universidades para levar esta formação para todo o Brasil”, disse o secretário geral em exercício da CNM/CUT, Loricardo Oliveira. “Inclusive, já temos parceiros no Nordeste para realizar o curso”, completou.

 

Durante a entrega dos certificados, Oliveira também destacou a formação para fortalecer a Organização no Local de Trabalho (OLT). “O processo formativo é essencial e possibilita a reflexão sobre as diferentes alternativas de OLT, além de contribuir para a democratização das relações de trabalho e fortalecimento da estrutura sindical. O curso cumpriu o papel de organizar e fortalecer a luta dos trabalhadores a partir do local de trabalho, que é onde realmente acontecem os problemas", finalizou.

 

Ao longo dos três módulos, sendo dois presenciais e um à distância, os participantes debateram o papel das CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) e dos representantes dos trabalhadores nessas Comissões, além de garantir a saúde e a segurança no ambiente de trabalho.

 

Para Marilene Maia, professora e coordenadora do ObservaSinos, órgão responsável pelo curso, a formação abriu espaço para a integração entre as entidades sindicais e o mundo acadêmico. “A demanda levada pelas entidades sindicais à Universidade foi inédita e um desafio. As instituições se reinventaram ao realizar esta parceria tão importante para a sociedade”, disse. “É uma grande satisfação poder ser uma experiência que deu certo e que agora será multiplicada para o restante do Brasil”, completou.

 

Ainda de acordo com a coordenadora, o curso superou as expectativas ao estabelecer também uma relação entre os trabalhadores e a sociedade. “Os cipeiros não são protagonistas apenas dentro das empresas, mas também nas cidades. Os alunos visitaram e mapearam os espaços de saúde da região onde trabalham para saber as condições básicas de atendimento. Esta inclusão foi fundamental no processo de aprendizagem dos trabalhadores”, contou.

 

Fonte:  Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

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