Metalúrgicos da CUT reforçam laços internacionais em Congresso da IndustriALL

Dirigentes do Sindicato participam do evento, que reafirma a solidariedade e a unidade de classe nas parcerias já firmadas e em novas ações conjuntas articuladas com entidades de outros países

 

O terceiro dia do 2º Congresso da IndustriALL Global Union, no Rio de Janeiro, começou com uma demonstração clara de que a solidariedade é o principal ingrediente para o fortalecimento das lutas sindicais.

 

Na quinta-feira (6), logo pela manhã, a secretária de Formação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Michelle Marques, e a metalúrgica de Moçambique Marta Novela falaram para os 1.300 participantes do evento sobre a parceria que tem permitido contribuir com a formação de mulheres da categoria naquele país africano. A CNM/CUT é a condutora do projeto, retribuindo o apoio que teve, nos anos 1990 e 2000, da entidade canadense Unifor, para a formação das metalúrgicas brasileiras.

 

Michelle contou para o plenário – com representantes de 140 países – que agora a Confederação conduz essa ação solidária, repassando o aprendizado às mulheres da categoria em Moçambique, num projeto que tem a Unifor e a IndustriALL como parceiras e que começou em 2012.

 

Já Marta agradeceu o apoio e garantiu que o projeto tem sido fundamental para contribuir com a transformação da realidade das trabalhadoras de seu país.

 

À tarde, dirigentes da CNM/CUT se reuniram com sindicalistas de entidades estrangeiras para articular ações que assegurem direitos iguais nas plantas de multinacionais espalhadas pelo mundo, como a Fiat e a Keiper Recaro.

 

Participaram do encontro representantes do Setor Automotivo da IndustriALL, dirigentes dos sindicatos da Alemanha e da Itália (neste caso, só na reunião sobre a Fiat). Loricardo de Oliveira, secretário geral em exercício da Confederação, lembrou que a conversa sobre a montadora italiana foi a continuidade da articulação do encontro mundial da rede de trabalhadores, marcado para março em Detroit (EUA).

 

“O Congresso é uma oportunidade para aprofundarmos o debate sobre ações específicas, como essas que tratamos nas duas reuniões. Assim, é possível também ampliar a solidariedade, fazendo com que as entidades sindicais nos países de origem de multinacionais pressionem as empresas a solucionarem problemas trabalhistas nas suas filiais”, explicou o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres.

 

A juventude que agita

Já na tarde de quarta (5), foi a juventude quem pediu passagem no Congresso. Jovens trabalhadores na indústria surpreenderam as delegações ao entrarem no plenário cantando e agitando bandeiras – ao som de batuques do Levante da Juventude – para demonstrar que sempre estiveram prontos para a luta sindical e que querem ampliar seu espaço nas entidades.

 

Essa intervenção foi combinada em encontro da juventude realizado na noite de segunda-feira (3), o primeiro feito no âmbito da IndustriALL que reuniu representantes de todos os continentes.

 

A presença do Levante na atividade é também fruto de parcerias que a Secretaria da Juventude da CNM/CUT com este movimento social de jovens, focada na solidariedade para assegurar e avançar em direitos para esta imensa parcela de trabalhadores, que sempre acaba sendo a mais prejudicada em momentos de crise, como o que o Brasil atravessa. "A juventude tem demonstrado, ao longo da história, a sua capacidade de resistência e de contestação a todo e qualquer tipo de opressão. Por isso, nunca se pode abrir mão dos jovens nem nas lutas sociais nem nas lutas sindicais", destacou Silvio Ferreira, secretário da Juventude da CNM/CUT.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

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