Assembleia na Stihl e na Rexnord reforçam campanha salarial dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região

"O que está em jogo é muito mais que a Convenção Coletiva", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL), Valmir Lodi, na manhã desta quinta-feira (24), durante assembleia com os trabalhadores e trabalhadoras da Stihl e Rexnord, em São Leopoldo.

 

A atividade aconteceu nas primeiras horas da manhã e cerca de 2 mil trabalhadores atrasaram a pegada do turno para ouvir atentamente o Sindicato, que além da campanha salarial, denunciou as reformas do governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (PMDB) que prejudicam os trabalhadores.

 

Valmir contou como estão as mobilizações nas fábricas da região, com greve e operações tartarugas. “Os trabalhadores compreendem que não é apenas o reajuste que está em jogo. Estão desmontando os nossos direitos”. Outro aspecto salientado por ele foi referente à terceirização, que faz mal para o trabalhador. “É absurdo uma empresa internacional como a Stihl ter trabalhadores terceirizados. É muito grave o que vai acontecer com a classe trabalhadora num futuro próximo”, declarou ele.

 

O presidente destacou que a Stihl está na mesa de negociação da campanha salarial. “Não vamos aceitar retirada de direitos como banco de horas individual e o fim das homologações no Sindicato, por exemplo. Não vamos”, garantiu.

 

 

Relatando as reuniões com a patronal, o diretor do Sindicato, Ademir Maia Coito salientou o descaso dos patrões que comemoram a aprovação da Reforma Trabalhista que precariza mais de 100 direitos. “Eles estão apostando no individualismo, no negociado sobre o legislado. Portanto, se quisermos vencer essa batalha será necessário nos unir”, defendeu Ademir.

 

Combate às reformas

Representantes dos sindicatos dos metalúrgicos da região participaram da assembleia, manifestando apoio à campanha salarial, repudiando a postura dos patrões.

 

“Essa assembleia é muito importante”, defendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Lírio Segalla ao salientar que a sociedade ainda não se deu conta do que vai acontecer. “Essa reforma muda a relação de trabalho. Imaginem a situação que estaremos daqui um ano, daqui cinco anos?”, questionou.

 

Para Lírio, os trabalhadores não precisam concordam com o Sindicato, “mas vocês precisam nos ouvira para compreender os ataques que a classe trabalhadora está sofrendo”, disse. Ele finalizou afirmando que a Reforma da Previdência acaba com a aposentadoria dos brasileiros.

 

 

O Secretário de Formação e Politica Sindical da Federação dos Metalúrgicos do RS (FTM), Paulo Chitolina, chamou atenção para a mobilização da Federação. “O que nos estávamos alertando foi aprovado. Nunca houve uma retirada de direitos tão grande, em tão pouco tempo, no nosso país”.

 

Chitolina ressaltou que o “que gera emprego é investimento e não flexibilização”. O dirigente divulgou, ainda, uma atividade nacional dos metalúrgicos contra a precarização do trabalho que será realizada no dia 14 de setembro.

 

Apoio

Lauro Amaral, do Sindicato dos Metalúrgicos de Novo Hamburgo, defendeu que “sem conscientização os trabalhadores virarão escravos, tamanho o estrago da Reforma na CLT”.

 

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, Silvio Bica, também ressaltou a importância da mobilização. “Prestem atenção no que diz o Sindicato, são eles que vão defender vocês, são eles que mostram o que a Rede Globo não mostra”.

 

 

Encerrando a assembleia, o secretário de Finanças do STIMMMESL e trabalhador da Stihl, Gerson Mattos, salientou a importância dos trabalhadores se informarem e fortalecerem o Sindicato. "O Sindicato é cada um de vocês. Por isso, vocês estão de parabéns por nos ouvirem e buscarem se conscientizar.”

 

Fonte: STIMMMESL

 

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