“Resistir à reforma trabalhista é resistir ao golpe”, diz Paulo Cayres

Luta contra implantação da reforma trabalhista foi foco do seminário de planejamento da direção da CNM/CUT, encerrado na quinta (5) em Cajamar (SP)

 

Foi encerrado na quinta-feira (5) o seminário de planejamento da direção plena da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). A atividade foi iniciada na terça-feira (3), no Instituto Cajamar (interior de São Paulo), com debate sobre os desafios e impactos da reforma trabalhista.

 

 

Este debate contou com a participação de presidentes de Sindicatos e Federações da categoria, do secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, e representantes da direção e do Coletivo Jurídico do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI), que reúne entidades dos metalúrgicos, químicos e trabalhadores no vestuário, na alimentação e na construção.

 

O foco do debate e das ações imediatas definidas no seminário é a defesa dos direitos dos trabalhadores, para combater o retrocesso que as mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) vão provocar a partir de 11 de novembro, data em que a reforma entra em vigor.

 

Ao final da atividade, os sindicalistas aprovaram a intensificação da campanha da CUT de coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) de anulação da reforma (acesse os materiais aqui) e a realização de plenárias estaduais para que os dirigentes e os militantes se apropriem de todas as informações necessárias para lutar contra a retirada de direitos.

 

“O papel da CNM/CUT é apontar o caminho da luta e é isso que fizemos neste seminário. A tarefa de cada dirigente agora é orientar o caminho para os 90 sindicatos filiados, construindo a unidade de ação por nenhum direito a menos. A hora é de conduzir o enfrentamento. Resistir à reforma trabalhista é resistir ao golpe”, destacou o presidente da Confederação, Paulo Cayres, no encerramento do evento.

 

 

“A reforma só será derrotada com organização e mobilização dos trabalhadores. Nossos dirigentes saíram do seminário com a compreensão de que será fundamental sua unidade com as bases sindicais para articular a resistência”, avaliou Loricardo de Oliveira, secretário geral da CNM/CUT.

 

Cayres ressaltou ainda a necessidade do empenho das entidades sindicais para garantir o restabelecimento da democracia e do projeto de governo defendido pelos trabalhadores na eleição de 2018. Ele assinalou também que essa luta passa pela defesa e apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não podemos esperar nada desta Justiça parcial. Não podemos esperar que ela condene o companheiro Lula. Se não agirmos, seremos cúmplices”, destacou.

 

Propostas

Loricardo explicou que, além da luta imediata contra a reforma, o seminário da direção teve o objetivo de estabelecer as ações da Confederação até o final do mandato da atual direção (que se encerra em 2019), a partir das resoluções aprovadas no 9º Congresso da entidade (em abril de 2015). “O nosso Congresso aconteceu em outra conjuntura, antes do golpe. Assim, neste seminário planejamos nossa atuação para os próximos dois anos, visualizando os desafios que teremos, entre eles a eleição de 2018”, afirmou o secretário geral.

 

No seminário, os sindicalistas lançaram propostas para a plataforma dos trabalhadores para as eleições do próximo ano, a partir do debate sobre política industrial e o desenvolvimento com inclusão social. “Agora, vamos detalhar nossas propostas com o foco na distribuição de renda, manutenção de direitos, crescimento industrial com empregos de qualidade e o estabelecimento de políticas afirmativas para combater a discriminação e o preconceito que avançaram com o golpe. Mas o nosso olhar é o do movimento sindical, com o foco no local de trabalho”, pontuou Loricardo.

 

 

Ao final do seminário, os dirigentes da CNM/CUT reafirmaram o seu apoio à campanha internacional contra a precarização no trabalho deflagrada pela IndustriALL Global Union, a federação internacional dos trabalhadores na indústria, destacando a importância da solidariedade de classe. Vale lembrar que amanhã (7) é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Precário. “É a nossa organização, o nosso empenho e a solidariedade internacional que vão impedir o avanço dos ataques aos direitos e da precarização no trabalho e assegurar condições dignas nos locais de trabalho”, concluiu Paulo Cayres.

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

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