Após greves dos caminhoneiros e dos petroleiros, Pedro Parente pede demissão
A demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, um dia após a greve dos petroleiros – que sofreu perseguição do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer e teve de ser suspensa devido à multa milionária imposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) – é uma vitória da categoria que denunciou à sociedade brasileira a absurda política de reajustes nos preços dos combustíveis e gás de cozinha alinhados ao mercado internacional. A decisão foi anunciada na manhã de sexta-feira (1°), após reunião com Temer.
“Pedro Parente vai entrar para história como um péssimo gestor. Aquele que fez os brasileiros ficarem sem gasolina, sem energia elétrica, sem mantimentos. Ele não merece nem sequer passar mais na porta da Petrobras”, disse o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, ao comentar a demissão de Parente, que estava no comando da estatal desde junho de 2016.
“As manifestações dos caminhoneiros e dos petroleiros conseguiram mudar a fama de bom gestor de Parente. Ele foi causador do segundo apagão do nosso País [no governo de FHC], que prejudicou imensamente a população brasileira, e agora sua política entreguista, de só olhar o mercado financeiro, causou uma crise de desabastecimento, além do desmonte de uma empresa que é patrimônio do povo brasileiro”, disse.
Greve nacional dos petroleiros
Ao desmascarar os interesses privados e internacionais que passaram a pautar a gestão da Petrobras, os petroleiros, mobilizados em praticamente todas as refinarias, terminais e plataformas, conseguiram com que o representante da Shell colocado no Conselho de Administração da Petrobras renunciasse ao cargo no mesmo dia da greve, iniciada na quarta-feira (30).
Agora, como haviam anunciado, foi a vez de Pedro Parente, responsável pelo caos que se instalou no país pela paralisação dos caminhoneiros e por essa política de destruição de uma empresa que é estratégica para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil.
A paralisação dos petroleiros, embora tenha sido impedida em sua totalidade pela Justiça, ao determinar uma multa de R$ 2 milhões por dia, saiu vitoriosa, segundo Deyvid Bacelar, diretor do Sindipetro-BA.
Para ele, duas importantes reivindicações foram atingidas: a queda de Pedro Parente que foi colocado na presidência da Petrobras para favorecer o capital internacional e a conscientização da população que entendeu a política de preços da estatal praticada em prejuízo aos interesses de toda a sociedade brasileira que apoiou a greve da categoria.
“Saímos vitoriosos. A população apoiou a nossa paralisação e entendemos que apoiará também a greve dos petroleiros por tempo indeterminado para modificar de vez essa política prejudicial à Petrobras, aos petroleiros e à sociedade brasileira”, diz o dirigente.
Fonte: CUT Nacional