Coletivos da CNM/CUT participam da Vigília Lula Livre, em Curitiba

Os Coletivos de Formação, Igualdade Racial, Mulheres, Saúde, Juventude, LGBTQI+ e Relações Internacionais se reúnem para traçar seus planos de luta para o próximo período.

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Os Coletivos de Formação, Igualdade Racial, Mulheres, Saúde, Juventude, LGBTQI+ e Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) estão em Curitiba (PR) para traçar seus planos de ação e luta para o próximo período. A atividade começou na manhã desta terça-feira (24) na Vigília Lula Livre com o tradicional “Bom dia, presidente Lula”.

Cerca de 60 metalúrgicos de todo país estão reunidos em Curitiba para o encontro e em defesa da democracia e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente é um preso político e já foi comprovado com as denúncias do Intercept Brasil. A Vigília energiza o presidente Lula e o incentiva a não desistir de jogar. Não vamos sair de Curitiba enquanto Lula estiver preso. Os metalúrgicos e metalúrgicas cutistas estarão sempre ao lado dele”, disse Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT.

Ainda pela manhã, a presidente da CUT Paraná, Regina Cruz, participou de uma roda de conversa com os metalúrgicos no espaço de formação Marielle Franco. Em sua análise, ela contou a história da Vigília em Curitiba. “São mais de 500 dias Vigília. Cada entidade que passa por aqui nos ensina a lutar e resistir. Milhares de pessoas de todo Brasil e do mundo demonstraram solidariedade ao maior líder popular da história latino-americana e mundial”, disse.

As atividades de debates do dia foram realizadas em conjunto e amanhã no período da tarde os coletivos realizam seus debates específicos.

Projeto Reconexão Periferias
No período da tarde, o cientista político Matheus Toledo, a socióloga Lea Marques e Paulo Ramos, coordenador do Projeto Reconexão Periferias da Fundação Perseu Abramo, apresentaram o Projeto que tem o objetivo de aprofundar o diálogo e cooperação com os coletivos das periferias de todo o país.

Na apresentação, a socióloga apresentou algumas trajetórias da informalidade do trabalho no Brasil contemporâneo. De acordo com uma das hipóteses, o desenvolvimento tecnológico é o que mais impacta e modifica a organização dos trabalhadores informais.  “O maior empregador do país são as plataformas digitais. Como o movimento sindical vai reivindicar direitos dos trabalhadores para as plataformas que empregam milhares pessoas?”, indagou a pesquisadora.

Outra hipótese apresentada é que os trabalhadores informais tiveram um incremento em seus rendimentos na última década e agora enfrentam um movimento regressivo. “Algumas políticas públicas dos governos progressistas deram condições do trabalhador de ter a casa própria, de entrar na universidade, além de condições básicas de saúde e educação”, afirmou Toledo.

“A liberdade de ser o próprio patrão faz as pessoas a se identificarem com o empresariado. Por isso, a ideia de solidariedade precisa estar na agenda política dos discursos em campanha eleitoral. Temos que reconquistar mentes e corações do povo brasileiro”, completou Ramos.

 

Fonte: CNM/CUT

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