Marcha abre Fórum Social das Resistências nesta terça em Porto Alegre
A Marcha do Fórum Social das Resistências, junto com a XII Marcha pela Vida e Liberdade Religiosa, abre no final da tarde desta terça-feira (21), no centro de Porto Alegre, 2º Fórum Social das Resistências, evento que compõe o processo do Fórum Social Mundial (FSM). A concentração terá início às 16h, no Largo Glênio Peres, e a caminhada sairá, às 18h, rumo ao Largo Zumbi dos Palmares.
Até sábado (25), várias atividades serão realizadas para tratar do lema “Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta”, visando cumprir importante papel nas ações dos movimentos sociais e iniciativas de resistência no Rio Grande do Sul, no Brasil e na América Latina.
O ex-presidente e secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, convoca os trabalhadores e as trabalhadoras a participarem da marcha, dos seminários, das assembleias de convergência, das oficinas, dos debates e demais espaços de diálogo.
“Temos uma grande oportunidade de trocar experiências, construir alternativas e acumular forças para enfrentar e derrotar os projetos neoliberais e fascistas e reafirmar os direitos, a liberdade, a democracia, a soberania dos povos e a construção da paz e da esperança”, destaca Nespolo.
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O FSResistências2020 soma-se as outras iniciativas que estão sendo articuladas no âmbito do FSM, como o Fórum Social Panamazônico, que será realizado de 22 a 25 de março de 2020 em Mocoa, na Colômbia; o Fórum Social das Economias Transformadoras, que será promovido de 25 a 28 de junho de 2020, em Barcelona, na Espanha; e o processo de articulação do próximo Fórum Social Mundial, que acontecerá no final de 2020 ou início de 2021, na cidade do México.
Combater a exploração sem precedentes
“Enquanto os EUA ampliam seu ataque aos países da América Latina, do Oriente Médio e da Ásia, apoiando movimentos fascistas e antidemocráticos, no Brasil vivemos um ambiente de crise econômica, social e ambiental, resultado de uma agenda defendida pelo mercado capitalista e incorporada pela extrema-direita, que objetiva a retirada de direitos sociais, a restrição de direitos políticos das classes populares, a exploração sem precedentes da natureza e o aprofundamento da concentração de riquezas nas mãos de apenas 1% da humanidade”, afirma o material de apresentação do Comissão Organizador.
“Frente a estas ofensivas, crescem movimentos de resistência locais, nacionais e internacionais. Temos assistido mobilizações dos povos indígenas do Equador, de jovens na Argentina e no Chile, de ações de resistência no Haiti, na Colômbia, de milhões de pessoas no Iraque e em países da Ásia. No Brasil, desde a posse do novo governo, são centenas de ações, mobilizações e movimentos de resistências contra os assassinatos indiscriminados, as mais variadas formas de violências, as políticas neoliberais e de retirada de direitos”, destaca o texto.
Enfrentar as causas das violências e da desigualdade
Para o Comitê Organizador, “esta realidade coloca as defensoras e defensores da democracia, da solidariedade e dos direitos humanos em estado de alerta e exige um esforço extra no processo de articulação de uma agenda capaz de produzir uma unidade mundial do campo democrático e popular em torno de propostas capazes de enfrentar as crises ambiental, econômica, social e a crise dos valores democráticos”.
“Por isso, é uma exigência que os movimentos altermundialista se reúnam para refletir e propor saídas comuns para a humanidade, numa ótica solidária, democrática, de respeito às diversidades, que busquem enfrentar as causas das várias formas de violências, das desigualdades sociais e territoriais”, salienta a apresentação.
Formular propostas e ações para se opor ao domínio do capital
“Os Fóruns Sociais, apesar de seus limites, seguem sendo espaços abertos, plurais, de encontros horizontais e debate democrático, que já produziram iniciativas comuns e podem contribuir na formulação de propostas e na articulação de ações capazes de se opor ao domínio do capital e de todas as formas de dominação”, esclarece o texto.
“Acreditamos que as inúmeras formas de resistências dos povos, dos territórios e dos movimentos contra o neoliberalismo representam possibilidades de mudanças que estão sendo construídas na prática pelas organizações, redes, movimentos e pessoas comprometidas com a construção de uma sociedade solidária, radicalmente democrática, ambientalmente sustentável e socialmente justa”, aponta o Comitê Organizador.
Comitê Organizador
Fazem parte do Comitê Organizador: Abong, Ação Educativa, CAMP, CEAAL, CEBs, Clacso, CNJP, CUT, CTB, UGT, FALP, FMEducação, FS das Pessoas Idosas, FMML, FREPOP, FUNPOTPMA, Ibase, IDhES Instituto, Instituto Ethos, Instituto Parrhesia, IPF, Geledés, MMM, MNLM, Movimento Comunitário, Profetas da Ecologia, RECID, SEMAPI, Sindicato dos Artesões, UBM, UNEGRO, UNIVENS, Vida Brasil e VPoa.
Fonte: CUT-RS