Com oitava alta seguida, gasolina puxa inflação na prévia de fevereiro
Além da gasolina, aumentaram os nos preços de óleo diesel (2,89%), etanol (2,36%) e gás veicular (0,61%).
O ônibus urbano teve variação de 0,08%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve alta de 0,48% neste mês, abaixo de janeiro (0,78%), mas a maior taxa para fevereiro desde 2017. Agora, a “prévia” da inflação oficial acumula 1,26% no ano e 4,57% em 12 meses. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE.
Seis dos nove grupos que compõem o indicador tiveram alta. Destaque para Transportes, que subiu 1,11% e teve impacto de 0,22 ponto percentual, quase metade do IPCA-15 do mês. Apenas a gasolina representou 0,17 ponto, com aumento médio de 3,52%. Os preços subiram pelo oitavo mês seguido. A questão dos combustíveis alimentou nova crise no governo, agora envolvendo a política de preços da Petrobras.
Alimentos sobem menos
Além da gasolina, aumentaram os nos preços de óleo diesel (2,89%), etanol (2,36%) e gás veicular (0,61%). Ainda nesse grupo, o IBGE apurou altas nos itens automóveis novos (1,12%) e usados (0,68%) e motocicletas (1,41%). O ônibus urbano teve variação de 0,08%, com reajuste em Recife. Por outro lado, caíram os preços de transportes por aplicativo (-9,16%) e passagens aéreas (-2,54%). Somados, impacto de -0,03 ponto.
Já o grupo Alimentação e Bebidas subiu menos. Passou de 1,53%, em janeiro, para 0,56%. Alimentos para consumo no domicílio foram de 1,73% para 0,56%, com quedas nos preços de batata inglesa (-5,44%), leite longa vida (-1,79%), óleo de soja (-1,73%) e arroz (-0,96%). A cebola teve alta de 19,17%.
Por sua vez, a alimentação fora do domicílio subiu 0,56%, ante 1,02% no mês anterior. O preço do lanche aumentou 1,20% e o da refeição, 0,37%.
Energia cai, gás aumenta
O maior impacto negativo entre os grupos, segundo o IBGE (-0,12 ponto), foi Habitação (-0,74%). O resultado teve influência da queda em tarifas de energia elétrica (-4,24%). Já o gás de botijão subiu 3,18% (0,04 ponto). O instituto também apurou altas do gás encanado (1,19%) e da taxa de água e esgoto (0,45%).
Com alta de 2,39%, o grupo Educação teve impacto dos cursos regulares (2,97%). “Além dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, houve a retirada de descontos praticados por algumas instituições de ensino ao longo de 2020, no contexto da pandemia”,diz o IBGE. As maiores variações foram registradas na pré-escola (6,14%), no ensino fundamental (4,71%) e no ensino médio (4,23%). Também subiram os cursos de ensino superior (0,91%) e pós-graduação (2,27%).
Entre as áreas pesquisadas, houve queda apenas em Goiânia (-0,03%). Nas demais, o IPCA-15 variou de 0,30% (Grande Rio de Janeiro) a 0,95% (região metropolitana de Fortaleza). Em 12 meses, vai de 3,55% (Brasília) a 6,40% (Fortaleza), somando 4,19% na região metropolitana de São Paulo.
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 11 de março.
Fonte: Rede Brasil Atual