Brasil tem recorde de mortes e 4 mil na fila por leito de Covid-19 em 13 estados
Em apenas 24 horas, foram registrados 1.954 óbitos por Covid-19, totalizando
268.568 vidas perdidas para a doença.
O Brasil bateu novamente dois tristes recordes de mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus: no total de óbitos registrados em 24 horas e na média móvel diária. A situação da pandemia no país é grave em pelo menos 13 estados e no Distrito Federal, onde cerca de 4.352 pessoas diagnosticadas ou com suspeita de contaminação aguardavam por um leito hospitalar. Pelo menos 2.257 delas estavam na fila das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O Brasil foi o país que mais registrou casos de Covid por dia no mundo, ultrapassando os Estados Unidos, até então o líder em óbitos e contaminações, e tem três vezes mais novos casos por dia do que França e Itália. Nesta terça-feira (9), foram registradas quase duas mil mortes de brasileiros.
Em 24 horas, foram registrados 1.954 óbitos por Covid-19, totalizando 268.568 vidas perdidas desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020.
No mesmo período foram registrados 69.537 novos diagnósticos de Covid, totalizando 11.125.017 infectados em toda a pandemia. A média móvel de casos está em 68.167 por dia, o maior número desde o ano passado, e equivale a 38% a mais do que a média de duas semanas atrás.
Já a média de mortes também é a maior da pandemia, pelo 11º dia seguido. Agora, o país tem média de 1.572 mortes por dia, aumento de 39% em duas semanas.
É o 48º dia consecutivo que o país apresentou média móvel de mortes por Covid-19 acima de mil — período mais longo em toda a pandemia, ultrapassando uma semana com tendência de aceleração na média de óbitos.
Lotação de leitos nas capitais
Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta terça-feira (9), 25 capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 iguais ou superiores a 80%. Em pelo menos 15 capitais a taxa supera 90%.
De acordo com a fundação, as cidades que estão com as taxas superiores a 90% são Porto Velho (100%), Rio Branco (99%), Palmas (95%), São Luís (94%), Teresina (98%), Fortaleza (96%), Natal (96%), Rio de Janeiro (93%), Curitiba (96%), Florianópolis (97%), Porto Alegre (102%), Campo Grande (106%), Cuiabá (96%), Goiânia (98%) e Brasília (97%).
Apenas Belém, com 75%, e Maceió, com 73%, tem taxas menores de 80%.
Fonte: CUT Brasil