Trabalhadores querem participar dos debates sobre Defesa no Brasil

Após tratar da pauta do aço no dia anterior, a comitiva de sindicalistas metalúrgicos e químicos visitou o Ministério da Defesa na última quinta-feira (14), em Brasília, onde entregou um documento pedindo a participação dos trabalhadores nas discussões sobre os investimentos para a área de defesa que estão reservados dentro do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), proposto pelo governo federal.

Nos últimos meses, os representantes dos trabalhadores vêm articulando junto à câmara temática da Marinha, ao setor empresarial e ao governo federal a participação nas discussões sobre conteúdo local, inovação e tecnologia.

Para o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, não é possível construir a indústria nacional de defesa sem a participação dos trabalhadores. “Queremos garantir emprego e renda. É importante também garantir que as compras governamentais neste setor levem em conta a produção nacional, ter no mínimo uma obrigação de percentual de compra nacional, para defender a indústria e os empregos daqui”.

Além de Loricardo, a comitiva contou com trabalhadores de empresas do setor de defesa, como Carlos Eduardo Souza, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo (RS) e metalúrgico na Taurus, e Paulo José, dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC (SP) e trabalhador na Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).

Presente na comitiva, o presidente da IndustriALL Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, afirmou que é necessário chamar a atenção do ministério da Defesa para as dificuldades que o setor produtivo ligado à área enfrenta no país.

“Temos alguns problemas específicos na indústria de arma e munição no país, além da falta de controle sobre as compras públicas nos estados e municípios. Acreditamos que a conversa foi uma oportunidade para resolver estas situações e se conectar com os projetos estratégicos das três forças de defesa”.

Carlos Eduardo Souza, metalúrgico na Taurus, afirmou que a visita é significativa para os trabalhadores, pois o desemprego no setor aumentou nos últimos meses. “São famílias e amigos que perderam postos de trabalho. Nossa responsabilidade mais do que nunca é encontrar alguma forma de mudar esse quadro negativo e conversar com quem tem poder de decisão é um caminho para isso”.

 

Fonte: CNM/Nacional

Foto: Reprodução

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