Assembleia na Dalleaço aborda questões da fábrica e campanha salarial

O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) realizou uma assembleia com as trabalhadoras e trabalhadores da Dalleaço, na manhã desta segunda-feira (21). A atividade ocorreu por conta das diversas denúncias que a entidade tem recebido nas últimas semanas.

 

O acesso ao refeitório com o uniforme e o fornecimento do café foram as principais pautas abordadas, tanto que, como forma de protesto o Sindicato forneceu café para a categoria durante a atividade.

 

 

De acordo com o presidente do STIMMMESL, Valmir Lodi, é inviável que os trabalhadores troquem de roupa cada vez que sair de seus setores de trabalho para acessarem o refeitório. “Já conversamos com a direção da empresa e com o Técnico em Segurança do Trabalho sobre essa situação”, contou ele.

 

 

 

Os dirigentes sindicais também destacaram que há Normas Regulamentadoras (NRs) que precisam ser respeitadas, tanto por parte das empresas, como pelos trabalhadores. “Não é permitido que os trabalhadores consumam qualquer tipo de bebida ou comida nos setores de por conta da sujeira e poluição, mas sabemos que também não dá para os trabalhadores ficarem trocando de roupa várias vezes ao dia.”

Além dessa situação, o Sindicato informou que está negociando com a direção da Dalleaço a possiblidade da empresa fornecer café aos trabalhadores, num futuro próximo. “Hoje pagamos esse café para vocês como forma de reivindicação”, disse Valmir.

 

 

Campanha salarial

Aproveitando a ocasião, os dirigentes informaram sobre o andamento da campanha salarial. A primeira reunião de negociação com a patronal ocorreu na quarta-feira (16) e terminou sem avanços. Os patrões alegam que, com a decisão do governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, de impor uma sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras, terão que fechar diversas fábricas.

 

 

“Sabemos que por mais impacto que possa ter, não será assim. E os patrões aqui da Dalleaço tem que fazer a parte deles, que é cobrar a patronal, para fecharmos a nossa Convenção Coletiva de Trabalho”, alertou Valmir.

A data-base da categoria é 1º de julho e a reivindicação deste ano é o reajuste de 10% para repor o poder aquisitivo do salário, perdidos entre 2019 e 2024, período em que aumentou consideravelmente o custo de vida no Brasil.
Entre as outras reivindicações estão o fim do teto para o reajuste, o piso salarial de R$ 2.101,41, vale alimentação de R$ 815,57 (correspondente ao valor atual da cesta básica de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese), sem vínculo com assiduidade.

 

 

 

 

Fonte: STIMMMESL
Fotos: Divulgação

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