Assembleia com trabalhadores da Gerdau intensifica mobilização da campanha salarial
Dando sequência as mobilizações da campanha salarial 2025/2026, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) realizou uma assembleia em frente à Gerdau, em Sapucaia do Sul. A atividade foi na manhã desta terça-feira (29) e levou aos trabalhadores informações do andamento das negociações. A data-base é 1º de julho.
“A patronal ainda não apresentou proposta para os trabalhadores. Já realizamos duas reuniões e até agora é choradeira e retirada de direitos, o que não vamos aceitar”, disse o presidente do STIMMMESL, Valmir Lodi. “Queremos uma proposta digna, que possamos levar em assembleia e fechar a nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com avanços”, continuou ele.
Valmir explicou a pauta de reivindicações da categoria, composta por um reajuste de 10% para repor o poder aquisitivo do salário, perdidos entre 2019 e 2024, período em que aumentou consideravelmente o custo de vida no Brasil. Entre as outras reivindicações estão o fim do teto para o reajuste, o piso salarial de R$ 2.101,41, vale alimentação de R$ 815,57 (correspondente ao valor atual da cesta básica de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese), sem vínculo com assiduidade.
Em suas manifestações, os diretores do STIMMMESL que são trabalhadores da Gerdau, Valdemir Ferreira Pereira e Alexandro da Silva Braga abordaram os problemas das fábricas como as câmeras em locais inadequados, a má qualidade da comida servida aos trabalhadores, o assédio moral contra os terceirizados e o salário defasado. Ambos, destacaram a importância do Sindicato para resolver e intervir em situações específicas das fábricas, como para garantir uma boa convenção através da campanha salarial.
O dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Carlos Henrique Haude Ferreira, que é metalúrgico da empresa na unidade do município contou que a base dele já fechou a CCT, mas a realidade dos trabalhadores da Gerdau é muito parecida em todas as plantas. “Há muitos problemas e desvalorização dentro da Gerdau, que é uma das empresas que negociam na mesa e que determina muita coisa. Por isso, é fundamental a mobilização e união da categoria com o Sindicato para pressionar os patrões”, afirmou ele.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita (STIMMMEC), Sílvio Bica lembrou as dificuldades enfrentadas pela categoria nos últimos anos, com pandemia e enchente. “Sempre entendemos e os trabalhadores aceitaram os acordos emergenciais, porém este ano é diferente. A produção está em alta e eles arrumam desculpas para não dar o reajuste, que só acontece assim como todos os direitos garantidos na CCT, porque o Sindicato e negocia isso. Então companheiros, quando o Sindicato estiver na porta de fábrica, não entrem, ouçam e apoiem, pois é essa entidade que luta por vocês”, disse.
No final da manhã de hoje, representantes do STIMMMESL tiveram uma reunião com diretores da entidade patronal.
Fonte: STIMMMESL
Fotos: Divulgação