Com alta adesão à vacinação, caem casos, hospitalização e mortes no Brasil

A apoio à vacinação contra a Covid-19 vem derrubando os registros de novos casos, mortes e internações no Brasil. Mas, no país onde a doença matou mais do que infarto, diabetes e pneumonia juntas, os problemas de falta de imunizante continuam atrasando a campanha de vacinação e provocam bate boca entre o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que diz que tem vacina sobrando, e governadores e prefeitos que sofrem com a falta de vacinas nos postos.

A grande aceitação da vacina contra a Covid-19 elevou para quase 36% o percentual de brasileiros imunizados com as duas doses da Coronavac, Pfizer ou AstraZeneca ou a dose única da Jansen, o que já se reflete nos dados de transmissão, hospitalização e óbitos causados pela doença.

Em 24 horas, 613.687 pessoas receberam a primeira dose, 1.180.808, a segunda dose ou a dose única, e 40.052, a dose de reforço. O total do dia ficou em mais de 1,8 milhão. Até agora, mais de 139 milhões receberam a primeira dose, 65,58% da população. E mais de 76 milhões estão completamente vacinados (35,98%).

 

Cai número de casos e mortes

No pior pico da pandemia, em abril, foram 3.015 mortos por dia, agora, são 597 mortes na média móvel, uma queda de 80,9%, segundo dados do jornal O Globo. O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus no mundo e agora, finalmente, conseguiu entrar em outro patamar depois de muita negação à ciência por parte do governo federal.

Em 24 horas o país registrou 793 mortes, totalizando 588.640 vítimas desde o início da pandemia. Também em 24 horas, foram confirmados 14.532 novos casos, totalizando 21.032.268.

 

Covid-19 ultrapassa mortes por infarto, diabetes e pneumonia em 2020

Ainda segundo dados do jornal O Globo, a Covid-19 foi a doença mais letal no Brasil em 2020.

Segundo o consórcio da imprensa, 194,9 mil brasileiros morreram no ano passado em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

O número é maior do que o total de mortes provocadas pelas três doenças mais mortais do país (infarto, diabetes e pneumonia) que vitimaram 190.242 pessoas ao longo do ano passado.

O levantamento foi feito com base dos dados do DataSUS, que comparou mortes por Covid-19 com as mortes provocadas por infarto, diabetes (não especificada) e pneumonia (por micro-organismo não especificado).

 

Falta de vacinas e atraso no calendário da terceira dose

O impasse entre o Ministério da Saúde e o governo de São Paulo provocou uma confusão na aplicação da terceira dose para os idosos.

Nos planos do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a aplicação da terceira dose de vacina contra a Covid começava apenas nesta quarta-feira (15). Na prática, porém, muitos estados passaram a oferecer o reforço semanas antes, mesmo que diversos governadores reclamem da falta de imunizantes.

Florianópolis​ começou a aplicar a terceira dose nesta quinta-feira (16) em pessoas de 84 e mais que tomaram a segunda dose há pelo menos seis meses.

Em Campo Grande, a dose vem sendo aplicada em idosos e imunossuprimidos desde o final de agosto. Atualmente, pessoas com 68 anos ou mais estão recebendo as doses.

São Luís, capital do Maranhão, também antecipou a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. As vacinas passaram a ser aplicadas no dia 26 de agosto, começando pelos idosos que vivem em abrigos.

 

Fonte: CUT Nacional

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