Sindicato intensifica diálogo com as trabalhadoras no Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, foi uma data de luta para as dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL). Ao longo do dia, teve panfleteação na Taurus, Stihl e na Gedore. No final da tarde, as trabalhadoras se somaram à caminhada Pela Vida das Mulheres, organizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM), que teve a concentração na Praça do Imigrante e o encerramento na rua Independência esquina com a rua Lindolfo Collor, centro do município.
Nas fábricas, foi distribuído o gibi das mulheres, “Mexeu com uma, mexeu com todas”, construído pela CUT-RS em parceria com vários sindicatos e federações, que retrata as principais lutas enfrentadas pelas mulheres no mundo do trabalho. Os desenhos são do cartunista Fredy Varela, de Caxias do Sul.
A secretária de Prevenção e Saúde do Trabalhador do STIMMMESL, Simone Ribeiro Peixoto destacou que hoje é dia de lembrar do fato que aconteceu em 08 de março de 1857. “Muitos não sabem a verdadeira história do 8 de março! É obrigação dos movimentos sindicais e movimentos sociais explicar essa luta das mulheres por melhores condições de trabalho e salários e o principal, por respeito! Sem as mulheres não tem democracia”, disse.
Já a diretora do Sindicato, Erenita Fernandes dos Anjos, enfatizou o quanto é importante “nós mulheres interagir mais e mostrar para a sociedade que podemos fazer a diferença.”
“Somos mulheres, somos guerreiras, somos incansáveis”, disse a diretora do STIMMMESL, Tatiana Santana dos Santos, que completou “lutamos desde muito tempo para ter igualdade e reconhecimento. Não queremos somente a lida de casa, queremos ir além de um fogão para pilotar. Muito já conseguimos, mas a caminhada ainda é longa.”
A metalúrgica aposentada, Sirlei de Moura Vieira afirmou que a entrega de material para as mulheres foi muito bem aceita. “As trabalhadoras agradeciam com sorriso no rosto e homens pediam o material para levar para as esposas. Por isso, foi ótimo”, garantiu Sirlei.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, no terceiro trimestre do ano passado as mulheres representavam 44% da força de trabalho, mas eram 55,5% dos desempregados no país. A taxa de desemprego era de 6,9% para os homens e subia a 11% no caso das mulheres.
Além disso, enquanto as mulheres ganhavam em média R$ 2.305, o salário dos homens era de R$ 2.909, ou seja, 21% a menos, apesar da maioria dos lares brasileiros serem chefiados por mulheres. O índice de 50,8% correspondente a 38,1 milhões de famílias.
Fonte: STIMMMESL com informações da CUT
Fotos: Divulgação STIMMMESL e Susana Tomaz