CNM/CUT participa de debates com governo sobre retomada da indústria naval

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) reuniu-se com representantes do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) e mais dirigentes e sindicalistas da área naval e de petróleo na tarde desta quarta-feira (17). Um encontro para debater a criação de comitê para retomada da indústria naval no Brasil e uma frente parlamentar para debater o tema com a participação da CNM/CUT.

O encontro foi realizado no âmbito do Fórum Pela Retomada da Indústria Naval e Offshore, no qual a confederação participa. Nessa primeira reunião, foi apresentada uma planilha com propostas de ações estratégicas que, entre vários pontos, prevê a criação do comitê nacional pela retomada da indústria naval e a montagem de uma bancada de parlamentares em Brasília em defesa da retomada da indústria naval. Mais encontros devem acontecer nas próximas semanas para finalizar e colocar as propostas em práticas.

Várias das ideias apresentadas partiram de iniciativa da CNM/CUT, que tem conversado nos últimos meses pelo país com representantes da indústria naval, de bens de capital e siderúrgica, além de encontrar-se com representantes do governo federal, para uma agenda de reindustrialização nacional que inclua os trabalhadores no processo.

O dirigente afirmou que é importante que todos os envolvidos na articulação pelo setor naval estejam focados na construção de alternativas de ação e que precisa colocá-las em prática, pois só com vontade de todas as partes é que as ideias vão tornar-se realidade.

“Temos que fazer as coisas acontecerem, nós sabemos que a oportunidade é valiosa e a CNM/CUT está fazendo seu papel ativo de pensar na reindustrialização do país com a participação dos trabalhadores”, finalizou.

O membro do Conselho Fiscal da CNM/CUT e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Carlos Rocha da Silva, que também esteve na reunião, criticou o editorial publicado pelo jornal carioca O Globo em 15 de maio que atacava a iniciativa do governo federal em retomar a indústria naval no país por meio da constituição de um grupo de trabalho através da empresa Transpetro. Para Rocha, esse tipo de ataque mostra que ainda existem grupos econômicos que não admitem que o país possa administrar seus destinos e se desenvolver plenamente.

“A retomada da indústria naval brasileira é uma questão de soberania nacional, quem critica a iniciativa da retomada ataca uma indústria que chegou a empregar mais de 80 mil trabalhadores, que gerou muita riqueza ao país, e que hoje emprega apenas um quarto disso. Nós temos qualidade, temos estaleiros, temos condições para se reerguer e a CNM/CUT está junto com quem acredita na reconstrução da indústria naval no Brasil”, afirmou o dirigente.

 

Fonte: CNM/CUT

Foto: AGÊNCIA PETROBRÁS

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