Desemprego cai em 7 estados e no DF no segundo trimestre de 2023, diz IBGE

O índice de desemprego no Brasil ficou em 8,0% no segundo trimestre deste ano encerrado em julho, caindo 0,8 % ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 % frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (15).

Os dados mostram que a taxa de desemprego caiu em sete estados: Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso. A maior redução do desemprego foi no Distrito Federal (DF), passando de 12% no primeiro trimestre para 8,7% agora e o Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%. Nos demais estados o índice do desemprego ficou estável.

Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) -2° trimestre de 2023

UF 1T 2023 2T 2023 situação
Pernambuco 14,1 14,2
Bahia 14,4 13,4
Amapá 12,2 12,4
Rio de Janeiro 11,6 11,3
Paraíba 11,1 10,4
Sergipe 11,9 10,3
Amazonas 10,5 9,7
Piauí 11,1 9,7
Alagoas 10,6 9,7
Acre 9,8 9,3
Tocantins 6,9 6,5
Espírito Santo 7,0 6,4
Goiás 6,7 6,2
Rio Grande do Sul 5,4 5,3
Roraima 6,8 5,1
Paraná 5,4 4,9
Mato Grosso do Sul 4,8 4,1
Santa Catarina 3,8 3,5
Rondônia 3,2 2,4
São Paulo 8,5 7,8
       
Brasil 8,8 8,0
Ceará 9,6 8,6
Minas Gerais 6,8 5,8
Maranhão 9,9 8,8
Pará 9,8 8,6
Mato Grosso 4,5 3,0
Rio Grande do Norte 12,1 10,2
Distrito Federal 12,0 8,7

De acordo com o IBGE, 73,3% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada no segundo trimestre e os menores percentuais também estavam no Nordeste (59,1%) e no Norte (58,4%).

Renda

No segundo trimestre, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 2.921 – uma estabilidade em relação ao primeiro trimestre de 2023 e aumento na comparação com segundo trimestre de 2022.

Os homens têm a maior média salarial com R$ 3.107 e as mulheres são as menos valorizadas com renda média de R$ 2.473.

Em geral, a maior renda dos trabalhadores foi no terceiro trimestre de 2020 quando chegou a R$ 3.129. Segundo o IBGE, isso se deveu às distorções da pandemia, responsável pela saída do mercado de trabalho de pessoas com menor qualificação profissional. A menor renda foi registrada no quarto trimestre de 2021, com R$ 2.682, período em que houve a reentrada destes trabalhadores ao mercado.

Por regiões

Nordeste, apesar da queda no índice, continua sendo a região com maior taxa de desocupação do país com 11,3% de desempregados contra 12,7% do mesmo período do ano passado.

Na região Norte também houve queda passando 8,1% de desocupação, contra 8,9% no ano passado.

Sudeste tem 7,9% de desocupação, contra 9,3% no ano passado.

No Centro-Oeste são 5,7% dos desocupados contra 7% no ano passado.

A região Sul tem a menor taxa de desocupação do país com 4,7% contra 5,6% no ano passado.

Informalidade

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar.

Desocupação segue recuando na maioria das faixas de tempo de procura

No segundo trimestre de 2023, os contingentes da maioria das faixas de tempo de procura por trabalho continuaram a mostrar reduções percentuais.

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Foi uma redução de 945 mil pessoas nesta faixa de tempo. No entanto, em relação ao primeiro ano da série histórica, no segundo trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%.

Desocupação por gênero

A taxa de desocupação no segundo trimestre ficou em 6,9% para homens e 9,6% para mulheres. No trimestre passado, os números eram 7,2% e 10,9%, respectivamente.

“Com isso, o nível de ocupação das mulheres chegou a 47,1%, enquanto o dos homens foi de 66,8%. Esse indicador calcula o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar”, diz o IBGE.

Por faixa etária

Na divisão por idade, as taxas de desocupação caíram em todos os extratos etários.

14 a 17 anos: 29,8% de desocupação, contra 33,1% no trimestre passado;

18 a 24 anos: 16,6% de desocupação, contra 18% no trimestre passado;

25 a 39 anos: 7,4% de desocupação, contra 8,2% no trimestre passado;

40 a 59 anos: 5,3% de desocupação, contra 5,6% no trimestre passado;

60 anos ou mais: 3,4% de desocupação, contra 3,9% no trimestre passado;

Por raça

Na divisão por raça, as taxas de desocupação também caíram em todas as opções.

Branco: 6,3% de desocupação, contra 6,8% no trimestre passado;

Pardo: 9,3% de desocupação, contra 10,1% no trimestre passado;

Preto: 10% de desocupação, contra 11,3% no trimestre passado;

Leia aqui a pesquisa do IBGE na íntegra.

 

Fonte: CUT Nacional

Foto: ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

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