Sindicato recebe trabalhadores para a confraternização do 1º de Maio
Na segunda-feira, 1º de Maio, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) recebeu seus associados e familiares numa bonita confraternização pelo Dia do Trabalhador. Mais de 400 trabalhadores participaram da atividade que além de celebrar a data, denunciou os ataques sofridos pela classe trabalhadora com o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
O presidente do Sindicato, Valmir Lodi, falou da satisfação em receber associados e familiares, “neste dia de celebração e reflexão”. O dirigente destacou a situação muito grave que o país atravessa por causa das reformas, da Previdência e Trabalhista, que atacam os direitos. “O Sindicato reafirma seu compromisso com os trabalhadores metalúrgicos de São Leopoldo e Região e vamos lutar até o fim para barrar esse retrocesso.”
O Padre Paulo Henrique, do Rio Grande do Norte, também estava presente no ato e abençoou os trabalhadores. “Em todo o Brasil, a resistência ao governo ilegítimo, só cresce com a união do povo’, contou. O padre ainda definiu as reformas como “deforma”, pois deformam o trabalho, o futuro e a esperança.
Parabenizando o Sindicato pela iniciativa de receber as famílias dos trabalhadores e pela resistência e enfrentamento as reformas, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi disse que as propostas levam o Brasil para o século passado. “Terceirização é precarização, não terá mais garantia nenhuma do emprego e seus direitos. A Reforma Trabalhista desmonta as leis como 13º e férias. Sem falar da Reforma da Previdência que tem mudanças absurdas e inviáveis”, declarou o prefeito.
Diretor da CUT-RS, Jorge Edemar Correa, acredita que o Dia do Trabalhador é uma data de reflexão, principalmente neste ano, com os desmandos que estão ocorrendo neste país. Ele citou a destruição da CLT e assegurou que a legislação trabalhista brasileira é uma das melhores do mundo. “Não vamos permitir esse desmonte. Sexta realizamos a maior greve geral da história e temos que ir para as ruas, sim. Dias difíceis virão, mas não vamos baixar a cabeça”, garantiu Jorge.
“A nossa luta é conjunta, pois é de todos os trabalhadores”, contou a professora e presidenta do Ceprol/Sindicato, Andreia Nunes, ao abordar a união dos sindicatos. “Criamos uma grande aliança porque a luta não é de um ou de outro, é de classe. E precisamos de vocês, que constroem o sindicato e que lutam com a gente contra esses ataques”, afirmou.
Vereador de São Leopoldo, Dudu Moraes (PT) questionou por que os deputados não acabam com seus salários altos ao invés de acabar com a aposentadoria. “Eu tenho lado e é o lado da classe trabalhadora. A greve foi para defender os nossos direitos e faremos quantas forem necessárias”, prometeu o parlamentar.
Encerrando o ato político, o secretário geral da CNM/CUT, Loricardo Oliveira, recordou a sequencia de grandes lutas que a classe trabalhadora está protagonizando no Brasil. “A imprensa não divulga, mas estamos numa batalha contra as reformas”. De acordo com ele, talvez a categoria ainda não tenha a compreensão do que essa reforma significa. “Qual é o metalúrgico que conseguirá trabalhar até os 65?”, questionou ao afirmar que “os metalúrgicos precisam se rebelar, não vamos nos entregar, esse Sindicato com todo o seu legado, não será tombado, continuará sendo uma ferramenta de luta”.
Até o final do dia, os trabalhadores e seus familiares aproveitaram a confraternização que contou com almoço e para as crianças, atrações especiais como os brinquedos infláveis.
O STIMMMESL agradece a participação de todos os trabalhadores metalúrgicos.
Fonte: STIMMMESL