Ato político em São Leopoldo reúne trabalhadores contra a Reforma da Previdência

Centenas de professores municipais de São Leopoldo, junto com metalúrgicos e vigilantes, lotaram a Praça do Imigrante, em frente à Câmara de Vereadores, durante a tarde de quarta-feira (15). O Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência foi marcada por inúmeras atividades no município, como o ato político no começo da tarde.

 

 

Abrindo o evento, a presidente do Ceprol/Sindicato, Andreia Nunes, repudiou a PEC 287. “Não é reforma da Previdência, é desmonte”, criticou. A professora explicou que é uma decisão política do Ceprol, cobrar dos deputados federais que digam não à reforma. “Eles foram eleitos para nos representar”, disse.

 

O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Previdência Social Rural e Urbana, Altemir Tortelli (PT-RS), brincou ao afirmar que é a favor de uma reforma da presidência. Ele falou da atuação do parlamento gaúcho e das agendas da Frente.

 

“É necessário destacar o papel importantíssimo que os sindicatos e a CUT-RS estão fazendo. Mais uma vez, somos protagonistas na resistência e na defesa dos direitos dos trabalhadores”, elogiou.

 

Já o deputado estadual Adao Villaverde (PT-RS) acredita que a partir deste dia pode haver uma mudança nos movimentos contra a reforma da Previdência. “Tem gente que ainda não se deu conta dos estragos que estão por vir. Estão destruindo o que foi produzido por muita luta e compreensão de alguns governos da importância dos trabalhadores. Querem acabar com esse legado que vem da época do Getúlio, querem acabar com Previdência e a CLT”, declarou.

 

Para o parlamentar, a sociedade não deve tirar o pé da rua, “porque isso pode significar a derrota deles.”

 

Denúncia e unidade

“Pensamos essa campanha para derrotar essa reforma e não vamos recuar”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região, Valmir Lodi, falando da reunião da CNM/CUT, em janeiro, onde foi lançada a campanha nacional contra a Reforma da Previdência.

 

“Desde então, estamos denunciando os deputados e hoje realizamos este grande dia de lutas”, enfatizou.

 

 

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, informou que mais de 20 cidades gaúchas realizaram grandes mobilizações desde as primeiras horas da manhã. “Não vamos parar, isso é só o começo”, disse ao abordar a necessidade de uma greve geral “que pare a produção no Brasil. Só assim, vamos colocar ordem na casa.”

 

Para ele, o maior acerto da campanha contra a reforma da previdência é a denúncia dos deputados federais gaúchos que estão na base do Temer e, podem votar a favor da reforma, prejudicando os trabalhadores. “Precisamos mostrar, cada vez mais, a cara deles, pois estão querendo liquidar a nossa frágil rede social”, finalizou.

 

“Este é momento histórico muito triste, não podemos nos calar diante dessas reformas”, disse o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, parabenizando os que foram para às ruas neste dia de luta política.

 

“Esse ato, assim como este dia de mobilização, não se esgotam aqui. É nosso direito e obrigação fazer a denúncia e exigir que os deputados não votem contra os trabalhadores”, defendeu Vanazzi.

 

A presidente da OAB/RS seccional de São Leopoldo, Rita Pavani, defendeu o posicionamento da Ordem. "Jamais apoiaríamos uma proposta como a da PEC 287. Pois entendemos que não é uma reforma é uma retirada de direitos”, garantiu.

 

 

No final do ato, os participantes aprovaram o Manifesto do Comitê Popular e Sindical contra a Reforma da Previdência, que será encaminhado para o Congresso Nacional.

 

O ato político foi realizado antes da aula pública sobre a previdência social, ministrada por Dão Real, membro do Instituto de Justiça Fiscal.

 

Fonte: STIMMMESL

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