Metalúrgicos da CUT discutem estratégias de enfrentamento aos ataques do governo golpista

Direção ampliada da CNM/CUT se reúne em Curitiba (PR) e reafirma defesa dos direitos da classe trabalhadora

 

A direção plena da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) está reunida em Curitiba (PR) para definir estratégias e discutir propostas de enfretamento diante da atual conjuntura de retirada e ataque aos direitos da classe trabalhadora. O encontro teve início na tarde desta segunda-feira (08) e se estende até amanhã (09). A reunião também tem a participação de dirigentes de sindicatos e federações estaduais dos metalúrgicos da CUT.

 

 

A primeira mesa de discussão teve a presença do deputado estadual do Paraná pelo Partido dos Trabalhadores Tadeu Veneri, do presidente e a vice-presidenta da CNM/CUT, Paulo Cayres e Cátia Cheve, e coordenada pelo secretário geral em exercício da Confederação, Loricardo Oliveira.

 

Veneri fez uma breve análise de conjuntura política do Brasil e criticou a espetacularização da Operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras. “Os vazamentos de depoimentos e delações são seletivos e prejudicam a isenção dos procedimentos de investigação. Não podemos aceitar viver em um estado de exceção”, disse.

 

O deputado também comentou sobre o interdito proibitório na sede da Justiça Federal do Paraná no dia 10 de maio, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá depor ao juiz Sérgio Moro. “É mais uma tentativa de criminalizar os movimentos sindical e social que vão se reunir para apoiar o ex-presidente e para defender a democracia aqui em Curitiba. Esta manifestação mostrará nossa resistência neste momento de luta”, concluiu.

 

Cayres lembrou que além da reunião da direção, os sindicalistas também irão participar da Jornada Nacional de Lutas (leia mais aqui), organizada pela Frente Brasil Popular, que acontecerá nos dias 09 e 10 de maio, em Curitiba. “É uma mobilização para defender a democracia, discutir os ataques aos nossos direitos e em solidariedade ao nosso companheiro Lula que sempre defendeu a classe trabalhadora”, concluiu.

 

"A Jornada de Luta vai ter diversos debates e para todos militantes. É em defesa da nossa democracia, do ex-presidente Lula e pelo direito de ir e vir. Infelizemente, estamos na "República de Curitiba", que ataca somente o PT. Os dias 9 e 10 serão muito importantes para este momento de luta", contou a presidenta da CUT, Regina Cruz.

 

 

Reforma trabalhista

Já no fim da tarde, o advogado Sávio Lobato apresentou aos dirigentes da Confederação as principais alterações da reforma trabalhista proposta por Michel Temer. Para ele, a principal modificação da Reforma que irá desconstruir o direito do trabalho no país é a prevalência do contrato individual do trabalho sobre os acordos coletivos de trabalho. "Se essa reforma passar será a ruptura do compromisso do estado brasileiro com a dignidade humana. É uma tentativa de impedir a aplicação do direito a partir do poder Judiciário e adequa as decisões judiciais ao interesse do capital, ou seja, a favor do patrão”, explicou.

 

 

O secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, também participou do encontro e fez uma avaliação da greve geral do dia 28 de abril. “Foi uma greve nunca vista na história do nosso país. Foi um movimento que diversas categorias aderiram e por isso foi um grande sucesso. Agora estamos em Curitiba para defender a democracia e disputar a narrativa porque a imprensa tradicional é contra nós. Temos que discutir comunicação e através das redes sociais podemos mostrar ao país e ao mundo o que está realmente acontecendo no nosso país”, afirmou.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

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