Petroleiros gaúchos decidem pela suspensão temporária da greve e voltam ao trabalho

Os funcionários da Petrobrás no Rio Grande do Sul, seguindo o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), decidiram suspender temporariamente a greve da categoria, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (20), na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas.

O Sindipetro-RS orienta o retorno dos trabalhadores nos seus postos de trabalho, conforme as escalas de grupo.  A categoria petroleira decidiu também seguir mobilizada em defesa dos empregos, contra o desmonte do Sistema Petrobrás e por preços justos para os derivados de petróleo. A luta não cessa. A luta é contínua.

O movimento foi deflagrado em 1º de fevereiro para barrar a demissão de mais de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes e Hidrogenados do Parará (Fafen-PR).

Abertura de negociações no TST

Na terça-feira (18), após reunião com uma bancada de parlamentares, que contou com participação de petroleiros da FUP e da CUT, o ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), publicou despacho no processo do dissídio coletivo da greve, convocando uma reunião de mediação a ser realizada nesta sexta-feira, 21, “para discussão das matérias que envolvem a presente greve, condicionando sua realização à imediata cessação do movimento paredista”, conforme o documento.

Ives com petroleiros

A suspensão da greve visa garantir condições para que a Comissão Permanente de Negociação da FUP participe da mediação no TST. Caso não haja avanços nas negociações, a paralisação será retomada em data a ser definida pelo Conselho Deliberativo da FUP.

Sem avanços, greve será retomada

“Desde o início da nossa mobilização, não conseguimos que a Petrobrás sentasse para negociar com a categoria. Portanto, a participação de um representante da empresa na mesa de negociação do TST é uma vitória muito importante. Mesmo assim, temos que ter clareza que, caso não haja nenhum avanço e o nosso acordo coletivo siga sendo descumprido, não hesitaremos em retomar a greve”, destacou o presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia.

“Foi um momento importante da categoria que demonstra a unidade e a ação coletiva dos petroleiros. A decisão foi uma tática e busca um diálogo. Para que isso seja possível, é preciso que a empresa não adote uma postura arrogante. Mesmo assim, a nossa luta continua. Não queremos a venda da Refap, as demissões em massa e a entrega do nosso patrimônio público para a iniciativa privada”, avaliou o diretor do Sindipetro-RS e da CUT-RS, Dary Beck Filho.

Ademir na Refap (2)

CUT-RS presente na luta

Durante a assembleia, a CUT-RS manifestou todo o apoio e solidariedade à luta dos petroleiros e das petroleiras. Os secretários de Comunicação, Ademir Wiederkehr, de Relações de Trabalho, Paulo Farias, e de Formação, Maria Helena Oliveira, parabenizaram a luta destemida e patriótica da categoria em defesa de seus direitos, contra o desmonte da Petrobrás e pela soberania nacional.

 

Fonte: CUT-RS

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