WhastApp restringe compartilhamento de mensagens no combate à desinformação

Para combater a disseminação de notícias falsas em meio à pandemia de coronavírus, o aplicativo WhatsApp mudou regras para o compartilhamento de mensagens. A partir de terça-feira (7), mensagens altamente replicadas poderão ser encaminhadas para apenas uma pessoa, grupo ou lista de transmissão de cada vez.

Até então, as mensagens podiam ser encaminhadas para até cinco contatos de uma só vez. Agora, qualquer mensagem que seja replicada mais de cinco vezes passará a sofrer a restrição.

Segundo a plataforma, mensagens encaminhadas com frequência têm maior chance de fazerem parte de “correntes de desinformação”. Com a redução da “viralidade” dos conteúdos – que vale para mensagens de texto, vídeo ou imagens –, o WhatsApp pretende privilegiar conversas de cunho pessoal.

“Observamos um aumento significativo na quantidade de encaminhamentos. De acordo com nossos usuários, eles podem fazer com que eles se sintam sob pressão, além de contribuir para a disseminação de informações erradas. Acreditamos que é importante diminuir a propagação dessas mensagens para manter o WhatsApp um lugar para conversas pessoais”, afirma a empresa, em nota.

Cerco às fake news

A primeira redução no limite dos compartilhamentos ocorreu em julho de 2018. Até então, o usuário podia repassar um mesmo conteúdo para até 250 contatos ao mesmo tempo. A restrição ocorreu em meio à utilização do aplicativo para a disseminação de notícias falsas nas eleições em diversas partes do mundo.

Acusado de fazer uso de disparos em massa durante a última campanha eleitoral, em processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então candidato Jair Bolsonaro chegou a afirmar que pressionaria pela revogação da medida.

Em janeiro de 2019, a plataforma aplicou nova restrição e reduziu a possibilidade de encaminhamento para cinco usuários, em vigor até a atual mudança. O WhatsApp também informa que tem banido por mês cerca de 2 milhões de contas identificadas fazendo disparos em massa.

Fonte: Rede Brasil Atual

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