Brasil e Argentina sinalizam renovação de acordo automotivo

O Brasil e a Argentina tem convergência no interesse de renovar o acordo automotivo entre os dois países, que termina no fim de junho, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, após encontro com o ministro da Economia do país vizinho, Axel Kicillof, e com o chanceler argentino, Héctor Timerman.

Também estava presente no encontro o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira. "Tivemos uma posição absolutamente convergente sobre a importância desse comércio bilateral no setor automotivo, com a necessidade de promovermos uma maior integração produtiva em benefício dos dois países. Há sim uma convergência em relação à conveniência da prorrogação do nosso acordo automotivo, que é, na nossa avaliação, um acordo extremante equilibrado", declarou Monteiro Neto, acrescentando que o prazo do novo entendimento ainda não está fechado, mas pode ser superior a um ano.

Cota do novo acordo

Segundo ele, "ao que tudo indica", o novo acordo poderá ser fechado "nos mesmos termos" do atual entendimento. O atual acordo estabelece que, para cada US$ 1,5 milhão em carros e peças vendidos para a Argentina, sem imposto, o Brasil tem de comprar US$ 1 milhão do país vizinho, também sem o tributo. É o chamado regime flex. O que passar disso terá alíquota de 35%. Mas as cotas anteriores, que expiraram em 2013, eram mais favoráveis à indústria brasileira. Elas permitiam a venda de US$ 1,95 milhão em carros e peças ao mercado argentino para cada US$ 1 milhão importado.

O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, afirmou que a reunião foi muito cordial e produtiva. "Há extrema convergência sobre a melhro estratégia da relação bilateral e do Mercosul. Todos os passos que temos que dar para melhorar a integração produtiva. Temos intensidade muito forte na relação bilateral tanto industrial, econômica, financeira, cultural e politica. Isso dá lugar à uma nova reunião no futuro", declarou ele.

Proposta à União Europeia

Monteiro Neto também afirmou que os ministros dos dois países concordaram em trababalhar para ter uma proposta do Mercosul à União Europeia, sobre um acordo comercial, em junho deste ano. "Iremos em junho colocar uma posição muito clara em relação à União Europeia sobre as trocas de ofertas. Já temos uma posição harmonizada intrabloco. Teremos essa iniciativa para instar a União Europeia a também fazer sua oferta", declarou o ministro brasileiro.

Fonte: G1
 

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