Emprego formal cai e desemprego atinge mais mulheres, negros e jovens

De 2014 para 2015, o emprego formal diminuiu no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada dia 25, pelo IBGE. No ano passado, o número de empregados com carteira assinada no setor privado (em atividade não agrícola), 33,3 milhões, caiu 5,1%, com menos 1,8 milhão de pessoas. Mas a queda foi ainda mais acentuada entre empregados sem carteira (-9,1%), enquanto os trabalhadores por conta própria passaram de 21,1 milhões para 23 milhões.

 

No total, o número de ocupados no país caiu de 98,6 milhões para 94,8 milhões – retração de 3,9% –, enquanto o de desempregados subiu 38%, de 7,2 milhões para pouco mais de 10 milhões. Foi a primeira queda na ocupação desde 2004.

 

A taxa de desemprego no país passou de 6,9% para 9,6%. Segundo o IBGE, mais da metade dos desempregados (53,6% eram mulheres), 33,4% tinham de 18 a 24 anos, 60,4% eram pretos ou pardos (classificação do instituto) e 48,2% não tinham completado o ensino médio.

 

Entre os setores, os serviços, com 43,9 milhões de ocupados, responde por 43,6% do total. Comércio/reparação de veículos (17,2 milhões) tem 18,2% e atividades agrícolas (13,2 milhões), 13,9%. Depois vêm a indústria (11,9 milhões), com 12,6% e a construção (8,5 milhões), com 9%. O setor industrial perdeu 8% – aproximadamente 1 milhão de trabalhadores a menos no ano.

 

Embora percentualmente a participação de contribuintes para a previdência tenha se mantido estável (de 61,7% para 62%), o número caiu em 2 milhões, para 58,8 milhões de pessoas, por causa da redução no total de ocupados. Já a participação de trabalhadores sindicalizados (18,4 milhões) entre os ocupados subiu de 16,8% para 19,4%.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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