Vigília protesta contra golpe e acompanha julgamento de Lula no Acampamento pela Democracia em Porto Alegre
Os metalúrgicos de São Leopoldo e Região marcaram presença na vigília em defesa da democracia
Milhares de manifestantes de várias regiões do Brasil e de outros países protestam contra o golpe na vigília que acontece nesta quarta-feira (24), no Acampamento pela Democracia, no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre, durante o julgamento do recurso do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, que começou às 8h30. Lula foi condenado sem provas pelo juiz Sergio Moro.
Uma tenda foi montada pela CUT-RS com a presença de dezenas de militantes, fortalecendo as manifestações e aguardando o final do julgamento. Para o presidente da Central, Claudir Nespolo, “o acampamento e a vigília estão acima da expectativa. O movimento social e partidos de esquerda, de forma unificada, estão construindo o mais belo exemplo de resistência contra o desmonte da Constituição brasileira. Independente do resultado, vamos continuar a luta contra o golpe e a retirada dos direitos e pela defesa da democracia”.
Mais de cinco mil camponeses e camponesas se encontram acampadas desde a manhã de segunda-feira (22), quando vieram em marcha desde a ponte do Guaíba. O acampamento foi reforçado ao final da marcha que se deslocou pela avenida Borges de Medeiros a partir da Esquina Democrática na noite de terça-feira (23), da qual participaram mais de 70 mil pessoas.
E ainda na manhã desta quarta (24), se somaram mais manifestantes que chegaram ao centro da Capital em colunas vindas da zona norte e da zona leste, além dos milhares de militantes que já se encontram na cidade e que participaram na terça (23) do ato e caminhada em defesa da democracia, dos direitos e de Lula concorrer à eleição.
Faixas, cartazes, adesivos, performances e outros materiais deixam claro que a população não aceita o julgamento parcial do ex-presidente Lula que tem sido acusado e condenado sem provas. Os recados também cobram o papel escandaloso da mídia hegemônica neste processo e denunciam que “eleição sem Lula é fraude”.
Enquanto aguardam o julgamento que transcorre no TRF4, separado dos manifestantes por um forte aparato policial, representações dos movimentos sociais, dos estudantes e políticos de partidos de esquerda se revezam no caminhão de som, denunciando o golpe, exigindo que o judiciário não julgue de forma partidarizada e reiterando que Lula está sendo julgado e condenado sem prova alguma.
Durante as falas têm sido alertado que, independente da decisão dos desembargadores, a luta continua, com Lula candidato, conforme foi destacado com ênfase no ato desta terça pela ex-presidente Dilma, de que o PT não tem plano “B”. Segundo ela, “quem acredita na inocência de uma pessoa é um covarde se tentar substituí-la. Nosso plano é Lula 2018″.
Fonte: CUT-RS