Centrais e movimentos sociais promovem carreata pelo Fora Bolsonaro em Porto Alegre no próximo domingo
A CUT-RS, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda realizam no final da manhã do próximo domingo (21) a quarta carreata pelo Fora Bolsonaro, em Porto Alegre, por vacina já para todos e todas, volta do auxílio emergencial e impeachment já. A concentração será a partir das 10h, na Rótula das Cuias, no Parque da Harmonia, com largada às 11h.
A primeira carreata ocorreu no dia 23 de janeiro, a segunda no dia 31 de janeiro e a terceira no dia 6 de fevereiro, levando centenas de veículos para as ruas da Capital, além de motos e bicicletas. Todos os participantes usaram máscaras e respeitaram o distanciamento social, de acordo com as recomendações sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Governo negacionista e genocida
“Temos que continuar pressionando nas redes e nas ruas. Só assim será possível derrotar esse governo negacionista e genocida e a sua agenda de morte, retirada de direitos, privatizações e desmonte do estado e dos serviços públicos”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
Ele destaca que a luta é também para que o governador Eduardo Leite (PSDB) compre vacinas contra a Covid-19 para acelerar a imunização do povo gaúcho. Na alteração do tarifaço, a Assembleia Legislativa aprovou emenda da bancada do PT que garante recursos para a aquisição de vacinas, se o Ministério da Saúde não assegurar. “Não é a troca semanal de bandeiras que protege a saúde da população, mas a aplicação da vacina para todos e todas”, salienta o dirigente sindical.
Mais de 11 mil vidas perdidas no RS
O RS recebeu, até o momento, somente 704.400 doses de vacina contra o coronavírus, sendo 588.400 da CoronaVac e 116 mil da Oxford/AstraZeneca. Até as 18h desta terça, 358.487 pessoas foram imunizadas no estado, sendo 351.812 com a primeira dose e 6.675 com a segunda.
Enquanto isso, o Brasil já acumula mais de 240 mil mortes e quase 10 milhões de infectados pela Covid-19. O RS ultrapassou mais de 11 mil vidas perdidas e registra mais de 588 mil contaminados pela doença frente ao descaso de Bolsonaro com a proteção da saúde das pessoas.
De carreata em carreata, rumo ao impeachment
O presidente da CUT-RS critica a demora do governo em retomar o auxílio emergencial de R$ 600, que foi pago a mais de 65 milhões de brasileiros no ano passado. “A pandemia não acabou e, por isso, é fundamental não somente para que haja assistência às famílias mais vulneráveis para enfrentar a fome, a miséria e a violência, como também para injetar recursos na economia e combater o desemprego”, alerta.
Para Amarildo, “a solução não passa por decretos de flexibilização do porte de armas, nem pela reforma administrativa do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, que mira nos direitos dos servidores, mas visa acabar com os serviços públicos para privatizá-los”.
“Temos, portanto, muitas razões que tomar as ruas e avenidas e, de carreata em carreata, vamos aumentando a pressão sobre o Congresso para abrir o processo de impeachment. O país não pode continuar com um governo de militares, sem compromisso com a vida e os direitos do povo, e que pode estar armando um novo golpe contra a democracia e o Brasil”, conclui o dirigente da CUT-RS.
Fonte: CUT-RS