Montadoras puxam a fila de indústrias paradas após agravamento da pandemia
Renault, Nissan, Volkswagen, Mercedes-Benz e Scania
suspenderam atividades nesta semana
Diversas fabricantes e montadoras de carros interromperam sua produção no Brasil, nesta semana, por causa do agravamento da pandemia de covid-19. Nesta quinta-feira (25), a Renault suspendeu as atividades na fábrica de São José dos Pinhais (PR), enquanto a Nissan paralisou decidiu paralisar a operação em Resende (RJ). Durante esta semana, a Volkswagen também havia suspendido as atividades relacionadas à produção de todas as unidades nos estados de São Paulo e Paraná, por causa do agravamento da pandemia da covid-19.
A Mercedes-Benz do Brasil informou que também interromperá as atividades produtivas de suas fábricas de veículos comerciais de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), a partir desta sexta-feira (26), com retorno previsto para 5 de abril
“A Volkswagen está paralisada desde ontem, com cerca de 8 mil trabalhadores. A Scania é uma fábrica de caminhões, aqui em São Bernardo do Campo, com cerca de quatro mil trabalhadores e param nesta sexta. A Mercedes Benz, com 9 mil trabalhadores também param nesta semana”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, ao repórter André Gianocari, da TVT.
A Scania anunciou, na última segunda-feira (22), a interrupção temporária das atividades em sua fábrica de São Bernardo até 5 de abril. A medida foi negociada com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e foi tomada para auxiliar no combate ao avanço da pandemia de covid-19 em todo o país.
“Na verdade, os trabalhadores reivindicam a saúde, poder viver. O sindicato vem acompanhando a questão da pandemia e, aqui na região, o sistema de saúde público e privado entrou em colapso nos leitos de enfermaria e UTI”, afirmou Moisés.
Os metalúrgicos defendem, além do confinamento, incentivos fiscais, apoio das montadoras ao SUS e mais vacinas, durante a pandemia. “A lei diz que as empresas privadas podem comprar as vacinas e doar ao SUS até que os grupos prioritários sejam imunizados. Então, nós estamos pedindo para que as empresas também comprem as vacinas”, finalizou o sindicalista.
Fonte: Rede Brasil Atual (RBA)