Reprovação ao governo Bolsonaro bate recorde e atinge 59% dos brasileiros
O percentual dos brasileiros que avaliam o trabalho pessoal de Bolsonaro
como “ruim” ou “péssimo, foi de 51% para 55%
A reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (ex-PLS) subiu 5 pontos percentuais em relação a duas semanas atrás e atingiu o recorde de 59%, de acordo com pesquisa PoderData realizada na semana de 24 a 26 de maio, de acordo com o site Poder360.
É a maior taxa de rejeição a Bolsonaro desde junho de 2020, quando essa pergunta passou a ser feita a cada 15 dias.
Apesar das altas taxas de desemprego, disparada da inflação, falta de vacinas e mais de 450 mil vidas perdidas para a Covid-19, a gestão federal segue sendo bem avaliada por 35% dos brasileiros – eram 36% há duas semanas.
Aumentou de 51% para 55% o percentual dos brasileiros que avaliam o trabalho pessoal de Bolsonaro como “ruim” ou “péssimo”. Outros 28% dizem que o presidente é “bom” ou “ótimo”, mesmo número da pesquisa anterior.
Caiu também o número de brasileiros indiferentes à gestão de Bolsonaro. Há 15 dias, 10% diziam não saber se aprovavam ou desaprovavam o governo Bolsonaro. Agora, são 6%, revela o PoderData.
De acordo com o Poder360, a pesquisa foi a 1ª realizada com a CPI da Covid, que apura ações e omissões de Bolsonaro no combate à pandemia, funcionando já de maneira plena, sobretudo depois de todos os depoimentos de ex-ministros da Saúde. A comissão tem produzido intenso conteúdo noticioso negativo sobre o governo Bolsonaro, diz o site.
Os depoimentos na CPI da Covid mostram que o presidente não se interessou pela compra de vacinas da Pfizer, demorou meses para responder um e-mail encaminhado pela empresa, zombou da CoronaVac, desautorizou o ex-ministro, o general Eduardo Pazuello, a comprar 46 milhões de doses da vacina chinesa produzida pelo Instituto Butantan e depois voltou atrás porque não conseguia importar vacina nenhuma, além da insistência em indicar cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada para a população se tratar contra a Covid-19 e tantas outras ações e omissões que contribuíram para o país, que tem cerca de 211 milhões de habitantes, permanecer há meses no segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos, país com 328,2 milhões de habitantes, como o que mais perde vidas para a doença.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa foi realizada PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Foram 2.500 entrevistas em 462 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
*matéria publicada no site da CUT