Brasil tem queda de 36,8% na média de mortes em um mês, mas Delta preocupa

Mesmo com queda de casos e de mortes, projeções mostram um aumento
de hospitalizações de idosos acima de 80 anos 

O número de mortes por Covid-19 caiu no Brasil, em julho em comparação a junho de 2021, mas, a variante Delta, que tem avançado em vários países do mundo, preocupa autoridades de saúde brasileira. Em relação à última semana de cada mês, a queda na média diária de mortes em decorrência da doença foi de  36,8% de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

A disseminação da variante Delta, mais contagiosa e letal, especialmente para quem não tomou vacina contra a Covid-19, leva  autoridades a endurecer, novamente, no pedido de medidas sanitárias contra o novo coronavírus.

A variante já circula em 132 países e, no mundo, os casos de Covid-19 subiram para 80% em um mês. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já advertiu vários países, como o Brasil, sobre a que pode desencadear mais surtos em uma área de alto risco que se estende do Marrocos ao Paquistão, onde as taxas de vacinação são baixas.

De acordo com os dados divulgados diariamente pelo ministério, com base nos casos e mortes pelo coronavírus nos estados, foi possível calcular o total contabilizado e a média diária por semana no país. Segundo os números apontam, na última semana de julho, do dia 25 ao 31, o Brasil registrou 6.992 mortes por Covid-19 – com a média de 989 mortes por dia.

A última semana de junho, de 24 ao 30, foram 10.957 mortes – com a média de 1.565. Ou seja, a média diária de mortes em decorrência do coronavírus caiu 36,8% da última semana de junho para julho, mas ainda passa de mil.

Durante o mês de julho, o pais registrou 38.304 óbitos em decorrência da doença, com a média diária de 1.236. Já no mês de junho, o total registrado foi de 55.275 mortes por Covid-19. A média diária de mortes ao longo do mês foi de 1.843.

Segundo o levantamento feito pela CNN Brasil, a queda de mortes pela doença também pode ser explicada pelo avanço da vacinação contra a doença, que já imunizou os grupos prioritários – com mais chances de morrer pela Covid-19 – e agora atinge maiores parcelas da população geral.

Aumento de internações entre idosos no RJ e SP

No entanto, projeções feitas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam um aumento de hospitalizações de idosos acima de 80 anos por Covid-19 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Após meses de queda ou estabilidade, os números nesses estados dão sinais de alta há cerca de um mês, na contramão das outras faixas etárias.

Os motivos para o aumento de hospitalizações entre os mais velhos nesses dois estados ainda são desconhecidos. Segundo a projeção, uma das hipóteses é que idosos estejam saindo mais de casa após receberem a segunda dose da vacina. Não só eles, como também seus familiares, que estariam se expondo mais só com a primeira dose.

Os dados mostram ainda que as internações aumentaram de 666, na última semana de junho, para 985 na semana passada entre os paulistas, uma alta de 48%. Entre os fluminenses, o crescimento deve ser ainda maior, de 315 para 595 no mesmo período, alta de 89%.

No Rio, a alta começou no início de junho entre as faixas dos 60 e 70 anos. Enquanto isso, todas as outras idades registram queda ou estabilidade nas projeções —exceto as crianças de até 9 anos, que, no entanto, têm poucas internações semanais.

Dados da pandemia no Brasil

O Brasil já registra 558.597 vítimas da Covid-19 desde o início da pandemia. Foram 32.694 casos confirmados em 24 horas. O total de casos chegou a 20 milhões nesta terça-feira (3). A média de casos segue estável, com redução de 11% em duas semanas. Abaixo de 34 mil por dia. Essa média é a menor desde 27 de novembro.

Já os números da vacinação reunidos pelo consórcio de imprensa mostram que, em 24 horas, 1.153.963 pessoas tomaram a primeira dose da vacina contra Covid, e 661.181, a segunda ou a dose única.

O Brasil tem 102.705.487 vacinados com a primeira dose, o que corresponde a 48,5% da população.

Mais de 42 milhões tomaram a segunda dose ou a dose única. Com isso, há mais de 20% dos brasileiros completamente imunizados.

Fonte: CUT Brasil

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