Sindicato realiza manifestação em frente à Gerdau
Fornecimento de aplicativos de transporte e o reajuste da multifunção foram os principais pontos de pauta
O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) esteve em frente à Gerdau, em Sapucaia do Sul, na manhã desta quinta-feira (12). Os dirigentes conversaram com os trabalhadores e defenderam a continuidade do aplicativo corporativo para o deslocamento até a empresa. Os diretores também protestaram contra os reajustes abaixo do correto na multifunção.
O presidente do STIMMMESL, Valmir Lodi contou que no começo da pandemia de covid-19, a empresa colocou aplicativos de transportes a disposição dos trabalhadores. E que agora, a Gerdau quer retirar essa iniciativa devido ao suposto abrandamento da pandemia. “Como sempre, a empresa deixando os trabalhadores na mão. A pandemia ainda não acabou e mesmo com a vacina, os cuidados de prevenção seguem necessários”, enfatizou Valmir, que também é metalúrgico da empresa.
Ele lembrou a aprovação do texto-base da Medida Provisória (MP) nº 1.045/21 (chamada de mini reforma trabalhista), pelo plenário da Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira (10), que retira ainda mais direitos da classe trabalhadora. “É um ataque atrás do outro. Por isso a importância da mobilização dos trabalhadores para fortalecer o sindicato e a luta”.
“Sem participação dos trabalhadores nas lutas junto ao Sindicato não há conquistas, nem melhorias no chão de fábrica. Nossa unidade faz toda a diferença”, garantiu Valmir ao falar que o Sindicato vai exigir o reajuste correto no pagamento da multifunção.
O diretor do Sindicato e metalúrgico da Gerdau, Alexandro da Silva Braga, explicou que a empresa nunca colocou ônibus fretados devido aos turnos rotativos. Porém, com a fixação dos turnos, neste ano, essa possibilidade voltou a ser considerada. “Por isso, defendemos a continuidade dos aplicativos ou os ônibus fretados”.
A multifunção diz respeito a evolução salarial dos trabalhadores da Gerdau. A empresa deu apenas o reajuste conforme a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com isso, de acordo com ele, quem deveria receber mais de 8%, ganhou apenas 1,5%. “Isso é injusto. A multifunção é uma coisa e a Convenção Coletiva é outra”, salienta Alexandro.
Parada da Aciaria – o dirigente também chama a atenção para a parada da Aciaria, devido a condenação do prédio, que tem sucitado inúmeras dúvidas nos trabalhadores. “Para onde vão os trabalhadores nestes quatro meses que está previsto a reforma?”, indaga ele.
O STIMMMESL está acompanhando os desdobramentos de todas essas situações e assim que possível, trará novas informações aos trabalhadores.
Fotos: Israel Bento Gonçalves
Texto: Renata Machado (MTb. 14.046)