Curso Direitos das Mulheres: formação social e profissional encerra com formatura das participantes
A tarde de sábado (9), foi de celebração para as mulheres que participaram do “Curso Direitos das Mulheres: formação social e profissional”, com a realização do último módulo de formação e a formatura das trabalhadoras. O momento contou a participação de diversos representantes de sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos (FTM-RS), entrega de diplomas e a realização de um coquetel.
“Enfrentamos muitos desafios neste período de formação. Mas foi com coragem, união e resistência que os enfrentamos esses desafios que nós moldaram. Por isso, reconhecer a luta de cada uma é reconhecer a nossa construção coletiva”, salientou a vice-presidenta da FTM-RS, Eliane Morfan ao agradecer a participação e perseverança de todas as participantes.
A educadora popular, Lurdes Santin, que acompanha o Coletivo Gabi de Mulheres Metalúrgicas, destacou que o momento não é apenas referente ao evento da formatura, mas a coroação de um processo de meses e de anos, através dos debates do Coletivo. “Toda a nossa construção celebra as mulheres que nos antecederam. E hoje, temos a coroação desse processo de formação, proporcionado pelo Integrar, que teve como diferencial as mulheres especialistas em cada tema que contribuíram com cada módulo”, disse ela que encerrou a sua manifestação com uma poesia.
Já a assessora jurídica da FTM-RS e uma das formadoras, Juliane Durão, lembrou os momentos que participou da atividade e os desafios que as participantes enfrentaram para estar presente aos sábados, após a semana de trabalho. “O objetivo foi empoderá-las, debater e conhecer a realidade das trabalhadoras nas fábricas. Que sejam sementes e que sigam cada vez mais em frente. Pois para nós, mulheres, conhecimento é arma de conquista de espaços e territórios”, defendeu a advogada.
Afirmando que o movimento sindical é o lugar para o debate acerca da representação política e ideológica das ditas minorias, o presidente da FTM-RS, Lírio Segalla, parabenizou a todas pela conclusão da formação. “Temos, cada vez mais, que trazer pessoas para caminhar com a gente onde as diferenças sejam respeitadas, pois são fundamentais para que a gente avance.”
Representando o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Superintendente Regional do Trabalho, Claudir Nespolo, declarou que as formandas representam muitas metalúrgicas. De acordo com ele, “o MTE também tem esse papel de formar os trabalhadores para o próximo período, através do Programa Manoel Querino, visando o fortalecimento da democracia e o combate à desigualdade.”
Presidente do Instituto de Formação e Pesquisa Integrar e secretário de Formação da FTM-RS, Paulo Chitolina, falou dos cursos promovidos pelo Instituto e questionou se o movimento sindical está ouvindo os trabalhadores nas fábricas. “Visando melhorar essa relação, o Instituto vai realizar uma pesquisa nas fábricas com jovens, mulheres e administrativos”, contou. “Vocês estão de parabéns por ter feito esse curso aos sábados, de 100 horas, pensando, refletindo e estudando o movimento sindical,” encerrou ele.
O cerimonial ficou por conta da diretora da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) e do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (STIMEPA) Taíse Gonçalves. Foi elaborada uma cartilha com os conteúdos trabalhados nos módulos, que será utilizada como matriz em outras formações, visando o empoderamento das mulheres metalúrgicas e potencializado a atuação das dirigentes sindicais.
A formação foi uma parceria da Federação com o Instituto de Formação e Pesquisa Integrar RS, entidade que vem executando cursos por meio do Programa Manuel Querino de Qualificação Social e Profissional (PMQ) do Ministério do Trabalho e Emprego. Além das dirigentes Eliane e Taise, a educadora popular Lurdes Santin e a advogada Renata Jardim integraram a coordenação pedagógica da formação.
Fonte: FTM-RS
Fotos: Rita Garrido (Instituto Integrar-RS)