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Setembro Amarelo traz a certeza de que viver é sempre a melhor opção

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) se soma nesta campanha e entende que refletir, debater e divulgar esse assunto é uma maneira de prevenir essa atitude extrema.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2024, mostram que o suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. E que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, ao longo de 2023, 11.502 internações relacionadas a tentativas de suicídio, o que dá uma média diária de 31 casos.

Ano passado, a Associação destacou que a Região Sul como um todo enfrenta “tendência preocupante” de aumento de casos. Santa Catarina apresentou crescimento de 22% de 2022 para 2023, enquanto o Paraná identificou aumento de 16% de internações. O Rio Grande do Sul ficou no topo da lista, com aumento de 33%.

Porém, esses números, já altos, podem ser ainda maiores, em função de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões do país.

Reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

 

Fatores
No site da campanha Setembro Amarelo, é possível identificar os diversos fatores que podem levar um indivíduo a atentar contra a própria vida. As características que oferecem risco para o comportamento suicida, são divididas em modificáveis (fatores que podem ser alterados) e não modificáveis (incluem histórico familiar ou de vida da pessoa, não passíveis de modificação).

 

Fatores modificáveis
– Conflitos familiares, incerteza quanto à orientação sexual e falta de apoio social;
– Sentimentos de desesperança, desespero, desamparo e impulsividade, principalmente entre jovens e adolescentes, figura como importante fator de risco. A combinação de impulsividade, desesperança e abuso de substâncias pode ser particularmente letal;
– Viver sozinho: divorciados, viúvos ou que nunca se casaram; não ter filhos;
– Desempregados com problemas financeiros;
– Aposentados;
– Moradores de rua;
– Indivíduos com fácil acesso a meios letais.

Fatores não modificáveis
– Jovens entre 15 e 30 anos e idosos;
– Gênero: homens se suicidam três vezes mais que mulheres, mas elas tentam três vezes mais do que eles.
– Doenças clínicas crônicas debilitantes;
– Populações especiais: imigrantes, indígenas, alguns grupos étnicos;
– Perdas recentes.
– História familiar e genética: risco de suicídio aumenta entre aqueles com história familiar de suicídio ou de tentativa de suicídio;
– Componentes genéticos e ambientais envolvidos: risco de suicídio aumenta entre aqueles que foram casados com alguém que se suicidou.
– Eventos adversos na infância e na adolescência: maus tratos, abuso físico e sexual, pais divorciados, transtorno psiquiátrico familiar, etc;
– Entre adolescentes, o suicídio de figuras proeminentes ou de indivíduo que o adolescente conheça pessoalmente.

Peça ajuda
Se você está passando por um momento difícil, procure ajuda. O CVV realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio gratuitamente pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br, 24 horas por dia.

Fonte: STIMMMESL com informações da Agencia Brasil e Setembro Amarelo

Card: Kaylany Ferreira

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