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STIMMMESL participa de audiência pública pelo fim da jornada 6×1

Na noite desta quarta-feira (5), os diretores do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) acompanharam a Audiência Pública pelo fim da Escala de Trabalho 6×1, realizada na Câmara de Vereadores de São Leopoldo. A agenda foi proposta pelo vereador professor Ricardo (PT).

O parlamentar lembrou que essa discussão em torno da escala 6×1 sem redução salarial vem ao encontro de um anseio não só dos trabalhadores e trabalhadoras, mas de toda a sociedade, com impacto direto no aumento de vagas e na qualidade de vida. “Precisamos que as pessoas tenham mais tempo para a vida, além do trabalho”, disse ele ao lembrar que a audiência surgiu de uma provocação dos metalúrgicos da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT).

 

 

O presidente do Sindicato, Valmir Lodi, salientou a importância e a necessidade desse debate e, principalmente, de lutar por uma redução de jornada, sem redução de salário para garantir uma vida digna para as pessoas. “Porém, aqui no Brasil e na nossa região, os empresários não querem saber desse assunto”, lamentou.

Em seguida, o dirigente falou da necessidade de eleger parlamentares comprometidos com as pautas trabalhistas. “Infelizmente, a maioria não sabe votar, não vota em representantes dos trabalhadores e isso torna a redução da jornada de trabalho mais difícil.”

 

 

De acordo com ele, não é possível que as pessoas sigam trabalhando nesta jornada sem tempo para a família, estudos ou lazer. “Portanto, parabéns pela audiência pública, mas temos que nos esforçar e levar o debate sobre o fim da jornada 6×1 para a rua. A sociedade precisa abraçar essa pauta e entender a sua importância e a diferença que fará na vida de milhões de pessoas, só assim, seremos vencedores”, acredita Valmir.

O deputado estadual Halley Lino (PT) recordou as reformas, trabalhista e da previdência, aprovadas após o golpe na presidenta Dilma Rousseff. “É nesse cenário de precarização que estamos fazendo esse debate importante e necessário para a sociedade”, disse.

 

 

Para ele, o desafio em pautar e conquistar uma jornada de trabalho menor é uma contradição do próprio capitalismo “que não compreende que um trabalhador com uma jornada menor e mais tempo livre vai ajudar o próprio capitalismo.”

Apoio da População

O Plebiscito Popular “Por um Brasil mais Justo e Soberano” encerrou sua votação em 12 de outubro, consolidando-se como um marco de mobilização social e política no país. A campanha, que se estendeu por 103 dias, terminou com 2.118.419 votos, com urnas montadas em todo o território nacional e participação pela internet.

 

O plebiscito consultou a população em relação à redução da jornada de trabalho sem redução salarial, com o fim da escala 6×1, e pela justiça tributária, com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais e a taxação progressiva para rendimentos acima de R$50 mil mensais. O resultado demonstra o engajamento popular e a urgência das demandas apresentadas.

Um dos projetos já em tramitação no Senado sobre a redução da jornada de trabalho sem redução salarial com fim da escala 6×1 é a proposta do senador Paulo Paim (PT-RS), que está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relatório de Rogério Carvalho está pronto para ser votado.

 

 

Mobilização da categoria

Em agosto, a CNM-CUT entregou o abaixo-assinado da campanha pela Redução da Jornada de Trabalho, Sem Redução de Salários e Fim da Escala 6×1. A mobilização reuniu milhares de assinaturas coletadas por sindicatos representantes dos metalúrgicos de todo o Brasil.

Representatividade: representantes de diversos sindicatos e movimentos sociais de São Leopoldo marcaram presença na audiência pública.

 

 

Fonte: STIMMMESL
Fotos: Renata Machado e Divulgação

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