CUT-RS participa de debate com senador Paulo Paim na SRTE-RS

A CUT-RS esteve presente, na terça-feira (18), no debate promovido pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do RS (SRTE-RS), em Porto Alegre, com a participação do senador Paulo Paim (PT-RS) e de representantes de diversas entidades sindicais cutistas como: Aeroviários, Sinttel, Sindisaude Poa, Pelotas e Bagé; Semapi, FTIA-RS, FTM-RS, Metalúrgicos de São Leopoldo, Porto Alegre, Senergisul, Fetracs, Cpers, Sindirodosul, Sindipolo-RS, Simtrapli-RS e Sindipetro-RS. O encontro debateu temas centrais para a classe trabalhadora: a situação da SRTE-RS, os desafios da terceirização e as principais lutas em defesa dos direitos trabalhistas.

 

 

Na atividade, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira acompanhado de metalúrgicos da região entregaram, ao senador, a camiseta da campanha pela redução da jornada de trabalho, sem redução de trabalho.

O secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Tiago Vasconcelos, destacou a importância de fortalecer o Ministério do Trabalho como um instrumento essencial no combate às violações de direitos e à precarização das relações laborais.

“Não tem como garantir dignidade ao trabalhador se ele está com fome, sem teto ou com familiares doentes. A luta da CUT é por salário digno, igualdade de condições entre homens e mulheres, combate ao trabalho análogo à escravidão e enfrentamento ao trabalho infantil”, afirmou Tiago. Ele também ressaltou a importância da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, reforçando a campanha da CUT-RS, “A vida não tem hora extra”.

O superintendente regional do Trabalho, Claudir Nespolo, defendeu a necessidade de diálogo com diferentes setores para enfrentar os problemas da terceirização, principalmente no serviço público, e melhorar os processos de licitação para evitar a precarização e a concorrência desleal. “É uma luta que envolve tanto os sindicatos dos trabalhadores quanto as entidades patronais conscientes dos riscos de um ambiente de trabalho precarizado”, disse Nespolo.

 

 

Benzeno mata

Durante o debate, o Sindipolo-RS chamou atenção para um tema de extrema gravidade: a exposição dos trabalhadores ao benzeno, substância cancerígena presente em diversos processos da indústria petroquímica e em postos de combustíveis. Gerson Medeiros, secretário de Relações Institucionais do sindicato, alertou para a necessidade de reduzir a jornada como forma de diminuir o tempo de exposição dos trabalhadores a esses agentes químicos nocivos. “A redução de jornada significa também menos exposição a produtos que adoecem e matam, como o benzeno”, reforçou.

 

Emenda para a SRTE-RS

O senador Paulo Paim (PT/RS) tratou de temas como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, mudanças na legislação para contratação de trabalho terceirizado na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego do RS.

Paim também reafirmou seu compromisso com a classe trabalhadora e com a defesa do fortalecimento do Ministério do Trabalho. Ele também anunciou a destinação de R$ 500 mil em emenda parlamentar para obras de recuperação da sede da SRTE-RS, além de convocar outros parlamentares a contribuírem. Paim reforçou a importância de pautas como a redução da jornada para 40 horas semanais, o direito à aposentadoria digna e a valorização das entidades sindicais.

O senador se comprometeu com os integrantes da Câmara Tripartite do Trabalho Terceirizado (CTTT) que realizará esforços para aprimorar a legislação que impactou fortemente setores terceirizados pela desregulamentação trabalhista em 2017. “Esta pauta é fundamental e vou encaminhar no parlamento. A união de forças promovida pelo diálogo no RS é um exemplo que a negociação é muito produtiva e pode gerar conquistas”, afirmou.  A Câmara pede alterações em legislações federais e estaduais como a Lei Federal das Licitações 14.133/21 e na Lei estadual  16.077/23.

“Defender o movimento sindical é defender a classe trabalhadora do campo e da cidade. E a redução da jornada é uma luta de décadas que precisa avançar”, concluiu o senador.

A CUT-RS segue firme na luta por direitos, melhores condições de trabalho e mais justiça social para todos os trabalhadores e trabalhadoras.

 

Fonte: CUT-RS

Foto: CUT-RS

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