FTM-RS encerra primeira rodada de plenárias sobre PLR

A série de plenárias sobre a Participação nos Lucros e Resultados, promovidas pela Federação dos trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS), chegou ao fim nesta segunda-feira (2), com reuniões no Vale dos Sinos e na capital gaúcha.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região sediou a plenária da regional Vale dos Sinos, na parte da manhã e reuniu dirigentes dos sindicatos de São Sebastião do Caí, Novo Hamburgo, Sapiranga e São Leopoldo. E durante a tarde, diretores das entidades de Porto Alegre, Canoas, Charqueadas e Cachoeirinha se reuniram no auditório da FTM-RS.

 

 

O presidente da FTM-RS, Lírio Segalla acredita que esse debate impacta diretamente na organicidade e representatividade das entidades. “PLR é um assunto que dialoga com trabalhadores de todos os segmentos da empresa. Além disso, é um direito garantido no artigo 7 da Constituição Federal e foi regulamentado no ano 2000. Os trabalhadores precisam se apropriar disso”.

Para ele, a partir deste debate, as empresas irão parar de usar a PLR como instrumento de gestão, exigindo que o trabalhador não tenha atestado, estipulando metas abusivas e humanamente impossível de serem alcançadas. “Na PLR é o momento de igualar os trabalhadores. Não podemos permitir que isso seja usado para aumentar as desigualdades”, ponderou Lírio.

 

 

Ele explicou que a Federação capacitará os dirigentes para as negociações de PLR, pois há muitos casos, há enormes desigualdades na distribuição dos lucros. “Acreditamos que precisa linear para todos os trabalhadores. E também queremos que estes trabalhadores se sintam parte do processo de negociação, o objetivo é construir algo junto com os eles, para que tenham a consciência de que é um direito receberem parte do lucro daquilo que produzem”, declarou.

A assessora jurídica da Federação, a advogada Lídia Woida destacou que o processo produtivo mudou. “Precisamos nos apropriarmos disso. As relações trabalhistas não são mais formais e isso causa um impacto muito forte, pois há uma ruptura no modelo que tínhamos até então”, afirmou Lídia.

Já o diretor da FTM-RS, Milton Viário, salientou que haverá uma sequência neste debate para a entidade acompanhar o planejamento. “Se tivermos paciência e coragem, conseguiremos construir um novo sindicalismo, com novos processos, novas relações de trabalho e novas ações”, encerrou ele.

 

Fonte: FTM-RS

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