Plenária das centrais sindicais e movimentos sociais do RS unifica mobilizações de 18 de março
Em plenária ocorrida na tarde desta terça-feira (3), no auditório lotado da Fecosul, em Porto Alegre, centrais sindicais e movimentos sociais do Rio Grande do Sul unificaram as mobilizações de 18 de março, dia nacional de lutas, protestos e paralisações em defesa da educação, dos serviços públicos, dos empregos, dos direitos e da democracia.
Foi aprovado a realização de um ato às 18 horas, na Esquina Democrática, seguido de caminhada pelas ruas do centro da capital gaúcha.
Estiveram presentes vários sindicatos que representam servidores públicos, como Adufrgs, Sindsepe-RS, Sintrajufe-RS e Simpa, além de dirigentes da UNE e UEE-RS, movimentos populares e pastorais sociais.
“Vamos organizar manifestações e greves de servidores contra os ataques dos governos Bolsonaro, Eduardo Leite e Marchezan, que querem destruir os serviços públicos e precarizar o atendimento da população”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. “Também vamos protestar contra a MP 905, da carteira verde e amarela, que representa uma nova reforma trabalhista, tirando ainda mais direitos e taxando os desempregados, enquanto reduz as contribuições das empresas.”
Ele destacou também a importância da mobilização em defesa da democracia. “Não podemos permitir o golpe dentro do golpe que Bolsonoro está tramando. Não são à toa os ataques ao Congresso e ao STF, a militarização do governo, o desmonte das políticas públicas e a retirada de direitos da classe trabalhadora”, explica Amarildo. “Só é possível conquistar avanços na democracia”, salienta.
Pela vida das mulheres
A plenária reforçou a jornada de luta das mulheres, que preparam manifestações em Porto Alegre e em várias cidades do Interior “pela vida das mulheres e contra a destruição das políticas públicas”.
Na capita gaúcha, as mulheres realizam panfletagem no próximo domingo, 8 de março, das 10h às 13h, na Orla do Guaíba, junto aos blocos de carnaval. Na segunda-feira (9), às 17h, haverá concentração para a marcha das mulheres, que levará às ruas a luta contra o desemprego, a tripla jornada, os serviços precários, os baixos salários, o feminicídio e a menor chance de aposentadoria.
“As reformas dos governos neoliberais e fascistas pesam mais sobre as mulheres e, por isso, temos que ir para as ruas alertar a população para defender o SUS, a educação e os demais serviços públicos, além de combater as desigualdades, as privatizações e a violência contra as mulheres”, disse a secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves.
Quem mandou matar Marielle?
Haverá ainda mobilização no dia 14 de março, quando fará dois anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do seu motorista Anderson Gomes. Dois suspeitos ligados a milícias do Rio de Janeiro foram presos, mas os mandantes não foram apontados até hoje e permanecem impunes.
Fonte: CUT-RS