CUT-RS e sindicatos distribuem mais 80 cestas básicas para famílias vulneráveis de Porto Alegre

A CUT-RS e sindicatos entregaram mais 80 cestas básicas de alimentos orgânicos produzidos pela agricultura familiar, na manhã desta sexta-feira (13), para trabalhadores e trabalhadoras em situação de vulnerabilidade social, nos bairros Glória, Humaitá, Farrapos, Sarandi, Vila Cruzeiro, Partenon e Restinga, em Porto Alegre.

A ação é parte da campanha solidária, lançada logo após o início da pandemia do coronavírus, em parceria com o Sinpro-RS, SindBancários, Adufrgs Sindical, Semapi-RS, Senergisul, Sindiserf-RS e Sindipetro-RS, com o objetivo de levar comida para famílias que perderam suas fontes de renda devido à crise sanitária. Os alimentos foram trazidos pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt).

Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, o período é de descontrole com a pandemia e de inércia do governo Bolsonaro no combate à crise econômica que vivemos e que foi agravada pelo vírus.

“Bolsonaro está assistindo inerte ao drama vivido por milhões de brasileiros. A inflação dispara, os preços dos alimentos sobem a cada semana e, enquanto isso, o presidente ensaia criar uma crise diplomática com os EUA, ao não reconhecer a vitória de Joe Biden nas eleições. É uma vergonha que um chefe de Estado se comporte desse jeito. O povo quer é respostas para o corte de metade do valor do auxílio emergencial. A população quer saber de emprego e renda, além de leitos em hospitais para os entes queridos e não de um conflito armado com uma das maiores potencias do mundo”, criticou.

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“A nossa sorte é que a opinião pública mundial não leva Bolsonaro tão a sério quanto ele gostaria. Caso contrário, estaríamos iniciando um confronto diplomático grave com os EUA”, salienta Amarildo.

Segundo o dirigente da CUT-RS, “não é só o corte de R$ 300 no auxílio emergencial que é preocupante. O ministro da Economia, Paulo Guedes, vendeu todo o nosso estoque regulador de grãos. Sem reservas, não temos como baixar os preços do arroz e da soja, o que pode gerar ausência de produtos nas prateleiras dos supermercados e até desabastecimento de algumas regiões. Bolsonaro e o governador Eduardo Leite (PSDB) precisam agir para contornar essa situação, pois a estiagem pela qual o estado está passando de novo pode arrasar de vez com os já castigados pequenos agricultores”.

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“São quase 14,5 milhões de desempregados. São pessoas que se viram como podem, fazendo bicos, trabalhando como catadores de materiais recicláveis, precarizados de  aplicativos ou entregadores de delivery de bicicleta. Esse povo quer mudanças. O desespero está aumentando e, se os poderosos nada fizerem, o Brasil pode entrar em uma convulsão social muito antes do que se poderia esperar”, concluiu Amarildo.

 

Fonte: CUT-RS

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