Sérgio Nobre: Lula pede à classe trabalhadora que ajude a reconstruir o Brasil

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoia e se compromete com as prioridades da pauta da classe trabalhadora, e não poderia ser diferente vindo de um ex-operário que se tornou o governante mais popular e bem avaliado da história do país. O diferencial é que esse apoio seja manifestado diretamente por Lula a representantes de todas as centrais sindicais, que de forma unitária construíram essa pauta e também a resistência e luta que o elegeu.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, participou, no início da tarde desta quinta-feira (1º), de reunião com Lula realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a “casa” onde trabalha a equipe de transição do governo Lula. No encontro estavam os presidentes da Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Pública, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Conlutas, Intersindical Instrumento de Luta. Gleisi Hoffmann, coordenadora de articulação política do grupo de transição, também participou da reunião, além de presidentes de sindicatos e federações de trabalhadores, no total de 22 entidades sindicais de diversos ramos.

Sergio Nobre destacou que os sindicalistas reafirmaram a Lula as prioridades da classe trabalhadora para o próximo período, com base no documento aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat 2022), realizada de forma unitária, em abril deste ano, pelas centrais sindicais.

“Lula está muito feliz por, mais uma vez, poder governar o Brasil e, com seu governo, gerar empregos de qualidade e tornar mais digna a vida da classe trabalhadora”, disse Sérgio Nobre. “O presidente deixa claro que vai governar com e para todos os trabalhadores e trabalhadoras, para tirar o país da pobreza, do mapa da fome, do atraso, do obscurantismo em que a nação foi mergulhada pelo governo criminoso de Bolsonaro”, afirmou.

O presidente nacional da CUT destacou que “será necessária muita luta para recuperar os direitos que foram arrancados da classe trabalhadora desde o golpe de 2016, primeiro com a reforma Trabalhista de Michel Temer, depois com as perdas impostas por Bolsonaro. “Isso vai exigir ainda mais unidade do movimento sindical, para pressionar o Congresso Nacional”. A diferença, complementou Sérgio Nobre, é que agora temos no governo federal um presidente estadista, democrata, respeitado pelo mundo e oriundo da classe trabalhadora, que respeita e ouve o movimento sindical.

Reconstrução do Brasil

Durante a reunião, Lula afirmou que o Brasil precisa ser reconstruído em muitas áreas e que dedicará seu tempo para recuperar empregos e atrair investimentos.

“Eu quero dedicar o meu tempo em como é que nós vamos fazer para recuperar esse país, para gerar empregos, para atrair investimento estrangeiro para cá, sobretudo investimento direto para que a gente possa fazer uma nova regulação no mundo do trabalho, sem querer voltar ao passado”, disse ele.

“Nossa tarefa é muito grande e nós vamos ter que trabalhar com muita seriedade”, completou o presidente eleito.

No encontro, Lula agradeceu o apoio e a contribuição para a vitória nas eleições e afirmou que conta com a participação de todos na tarefa de reconstrução do Brasil. “Do ponto de vista da organização social, esse é definitivamente um país em reconstrução. E vocês sabem que fazer reforma naquilo que foi destruído é mais difícil do que começar a fazer uma coisa nova. Então, nós temos muitas coisas para serem reconstruídas”, afirmou.

O presidente eleito disse que recriará a mesa de negociação, de trabalho e conselhos, além de trabalhar junto ao Congresso para a aprovação de artigo na legislação sobre o financiamento dos sindicatos, sem retorno do imposto sindical.

“Nós vamos criar a mesa de negociação, nós vamos criar mesa de trabalho, vamos criar o que for necessário criar”, disse Lula, que complementou defendendo o financiamento dos sindicatos que fazem a luta pelos direitos da classe trabalhadora.

Sobre a pauta da CONCLAT

O documento aprovado na Conclat-2022 tem, em abril, tem, no total, 63 reivindicações e propostas divididas em quatro eixos:

Prioridades

Desenvolvimento Sustentável com Geração e Emprego e Renda

Trabalho Emprego e Renda e Estado

Políticas Públicas

Entre esses 63 itens, o documento defende a instituição de uma política de valorização do salário mínimo, um programa de renda básica, políticas de geração de trabalho e renda, proteção dos desempregados, revisão da política de preços para produtos essenciais. A pauta foi elaborada a partir dos documentos dos congressos das nove centrais. Leia mais aqui.

 

Fonte: CUT Nacional

Foto: CLAUDIO KBENE/EQUIPE LULA

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