Em vigília no centro de Porto Alegre, centrais sindicais criticam medidas

Em vigília no centro de Porto Alegre, centrais sindicais criticam medidas.

No Dia Nacional de Luta, os trabalhadores entregaram documento ao Superintendente Regional do Trabalho. Em um dia marcado por atos e mobilizações da classe trabalhadora em todo o Brasil, foi realizada uma vigília em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, centro de Porto Alegre. Centenas de pessoas participaram da atividade que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 28, e integrou o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos, chamado pelas centrais sindicais.

As entidades condenam as Medidas Provisórias 664 e 665, anunciadas sem consulta ou discussão com o movimento sindical, que prejudicam a população de baixa renda e, em particular, os trabalhadores. A MP 664 trata de mudanças nas regras de pensão e auxílio doença; a 665 trata de mudanças nas regras do seguro-desemprego, abono e período de defeso do pescador.

Em frente à Superintendência, os representantes das centrais afirmaram que o Dia Nacional de Luta é o início de um forte movimento da classe trabalhadora na defesa de seus direitos e defenderam a revogação das MPs.

“Esse ato é nossa primeira demonstração de inconformidade com as ações do governo que vão na contramão do compromisso com a manutenção dos direitos trabalhistas e do desenvolvimento do Brasil”, declarou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Após as manifestações das centrais, os representantes das entidades entregaram um documento ao Superintendente Regional do Trabalho e Emprego no RS, Neviton Nornberg.

Na reunião, Nespolo lamentou o governo dificultar o acesso ao seguro-desemprego com a exigência de 18 meses de trabalho nos 24 meses anteriores à demissão. “Isso vai impedir o acesso dos trabalhadores jovens ao benefício, devido a grande rotatividade nas empresas. É absurdo que se mexa numa política de ajuda social para o trabalhador que perde o emprego.”

Para o dirigente, é necessário taxar as grandes fortunas, investir em gestão e tirar as mãos dos direitos trabalhistas para garantir um desenvolvimento social justo.

O Superintende garantiu que levará o documento até o Ministro do Trabalho e colocou o órgão a disposição dos trabalhadores, porém enfatizou que as medidas foram acordadas entre o ministério da Fazenda, Planejamento e Previdência. “Podem contar com o ministério do Trabalho para intermediar qualquer debate e rediscutir as MPs. Estamos abertos ao diálogo para preservar o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)”, afirmou Nornberg.

Na próxima terça-feira, 03 de fevereiro, haverá uma reunião com as centrais sindicais e membros do governo federal, em Brasília. No dia 26 de fevereiro será realizada a Marcha da Classe Trabalhadora, em São Paulo.

Fonte: CUT-RS
 

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