Metalúrgicos da CUT querem sua pauta em programas do Sistema S no Brasil e no Exterior

Os metalúrgicos da CUT vão apresentar, em 15 dias, propostas para os programas de qualificação profissional a serem implantados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Serviço Social da Indústria (SESI) tanto no Brasil como em cooperação com instituições de outros países.

 

A informação é do secretário geral em exercício da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Loricardo de Oliveira, que participou, junto com o diretor de Organização do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Roberto Nogueira da Silva (Bigodinho), de reuniões do Conselho SENAI, em Brasília, nas últimas segunda e terça-feira (28 e 29).

 

De acordo com Loricardo, as propostas que serão apresentadas têm dois temas em destaque: trabalho decente e segurança laboral. “Para que as propostas tenham mais peso, vamos nos reunir na próxima terça-feira (5) com os conselheiros que representam as outras centrais sindicais e tentar obter um consenso a respeito”, afirmou o dirigente. Ele explicou que, no caso do Conselho do SESI, a CUT é representada por dois metalúrgicos: Quintino Severo, secretário de Administração e Finanças da Central, e Cavalcanti, do Sindicato de Pernambuco.

 

Oliveira contou que o primeiro dia do encontro foi apenas com os técnicos e destinado à apresentação da prestação de contas do SENAI. Já no encontro de ontem foram apresentados ao Conselho projetos que terão a participação do governo federal e que somam a importância de R$ 1,8 bilhão.

 

Deste total, R$ 1,473 bilhão virá do Ministério da Educação, R$ 25 milhões do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, R$ 282 milhões do Ministério do Trabalho e R$ 20 milhões do Ministério das Cidades. “Tanto o SENAI quanto o SESI estarão à frente dos programas. E os conselheiros que representam os trabalhadores nos dois órgãos querem participar das deliberações sobre os programas, principalmente no que se refere aos conteúdos”, assinalou Loricardo.

 

“É um acordo grande e queremos debater como e de que forma este valor será gasto”, destacou Bigodinho, dizendo que a presença de trabalhadores nos Conselhos – ainda que em menor número – é importante para que a sua agenda seja levada em conta. “Além disso, temos de fiscalizar a aplicação dos recursos”, completou.

 

Os dois dirigentes metalúrgicos disseram ainda que o objetivo é que os conteúdos dos cursos contemplem a agenda sindical voltada a melhorias no local de trabalho nos dois focos: trabalho decente e segurança laboral.

 

Parcerias internacionais

Loricardo informou que a bancada dos trabalhadores também reivindicou a participação nos convênios internacionais. “Há projetos em debate para o Haiti, Moçambique, Angola e África do Sul, sendo que as parcerias envolvem o SENAI, instituições daqueles países, o Ministério de Relações Exteriores e, em alguns casos, organismos ligados à ONU”, contou.

 

Segundo o dirigente da Confederação, há também um acordo dos BRICS (o bloco que é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – com aporte de U$ 370 milhões – para projeto de cooperação em educação profissional e formação técnica nos cinco países. “Queremos participar ativamente deste projeto e vamos, inclusive, propor que a IndustriALL (a confederação mundial dos trabalhadores na indústria) nos represente, uma vez que se trata de um programa internacional”, finalizou Oliveira.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT

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