Metalúrgicos aprovam pauta da campanha salarial 2016

Em assembleia realizada na noite de quinta-feira, 23, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL), a categoria aprovou a pauta para a campanha salarial 2016. O reajuste reivindicado será o percentual do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses, que será divulgado na primeira quinzena de julho e deve ficar por volta de 9,5%.

 

O presidente do Sindicato, Valmir Lodi, coordenou a assembleia e afirmou que os trabalhadores precisarão estar unidos e mobilizados. “Todo ano tem choro da patronal, sempre é difícil, ainda mais com crise. Mas nos vamos para as portas de fábricas, vamos fazer uma forte campanha salarial e garantir um bom acordo, como sempre conseguimos”, disse ele.

 

Segundo Lodi, a pauta será entregue para o sindicato patronal na próxima semana e no início do mês, os diretores já estarão realizando assembleias nas portas das fábricas.             

 

O assessor jurídico do STIMMMESL, Paulo Lauxen, leu as cláusulas propostas e esclareceu as dúvidas dos presentes. Ele ressaltou a importância dos sindicatos na defesa dos direitos da classe trabalhadora, principalmente neste contexto de ataque as conquistas dos trabalhadores. “Um dos piores projetos é o da prevalência do negociado sobre o legislado, isso acabaria com as convenções coletivas, pois passaria por cima da legislação”, avisou.

 

“Sem dúvida este é uma dos maiores desafios dos sindicatos para o próximo período. E precisamos ficar atentos porque a mídia vai divulgar apenas o lado do patrão, vai defender a flexibilização da CLT”, declarou o advogado.

 

Outro destaque foram as cláusulas em prol da saúde do trabalhador. “A CIPA é uma ferramenta muito importante nos locais de trabalho e precisamos usar melhor as Comissões, pois temos uma grande dificuldade na prevenção de doenças e acidentes de trabalho”, ponderou Lauxen.

 

Uma das bandeiras históricas do movimento sindical, a redução da jornada de trabalho, é reivindicada de forma progressiva, com a diminuição de uma hora ao ano. Para daqui quatro anos, a meta de uma jornada com 40 horas seja atingida.

 

Há ainda, a reivindicação de alterar a data base da categoria de 1º de julho para 1º de setembro.

 

Fonte: STIMMMESL

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