No Dia Mundial da Juventude, mudanças no mundo do trabalho são desafio
No sábado, 12 de agosto, foi celebrado o Dia Internacional da Juventude. A data foi definida por resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999, em resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, que havia se reunido entre 8 e 12 de agosto daquele ano em Lisboa, Portugal.
A data é uma oportunidade para que a sociedade reflita sobre as questões da juventude em todo o mundo, focando na educação, conscientização e no futuro do planeta.
Para a secretária da Juventude da CNM/CUT, Amanda Arcanjo Campos, o cenário para o jovem trabalhador atualmente é pessimista. Além das mudanças tecnológicas, que traz novos desafios para a juventude, o aumento do emprego precarizado, que aconteceu nos governos de Bolsonaro e Michel Temer, faz o jovem ir atrás de alternativas de trabalho para garantir seu sustento ou complementar a renda.
“Houve um aumento muito grande na automação e na inteligência artificial, mudando a rotina de trabalho em todos os tipos de serviço. As pessoas buscam também novas rotinas, autonomia nas tarefas e acreditam que podem optar por quando querem trabalhar. Tudo isso tem consequências diretas no trabalho formal do jovem metalúrgico”, avalia a dirigente.
Números
O desemprego no Brasil atinge 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos. Os dados são de junho e fazem parte de pesquisa da Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, elaborada a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Desses jovens, 55% são mulheres e pessoas pretas e pardas. Entre os desocupados, 52% são mulheres e 66% são pretos e pardos. Aqueles que nem trabalham nem estudam, os chamados ‘nem nem’, somam 7,1 milhões de jovens. Desse total, 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são pretos e pardos.
Fonte: CNM/CUT
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