Sem acordo, metalúrgicos retomam greve na LG de Taubaté

 

Proposta de indenização foi rejeitada em assembleia

Trabalhadores na LG de Taubaté, no interior paulista, retomaram a greve que havia sido interrompida por uma semana, para negociações entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da região. Na última sexta-feira (23), eles rejeitaram proposta de indenização da LG, que vai encerrar atividades.

Foi a segunda proposta reprovada em assembleia. Amanhã (27), haverá nova tentativa de conciliação durante audiência promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), que tem sede em Campinas e cuida dos processos referentes ao interior paulista.

Centenas de empregos

Desta vez, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a proposta incluía, além das verbas rescisórias, indenização que variava de R$ 9.350 a R$ 51.000, conforme o tempo de casa do funcionário. E itens como participação nos lucros ou resultados (PLR) e extensão do plano médico até 31 de janeiro de 2022. “Há trabalhadores com muitos anos de fábrica, muitas mães de família, provedoras do lar, que estão perdendo o emprego. Então, eles acreditam que esse valor apresentado pela empresa ainda não contempla o necessário”, afirma a diretora do sindicato Camila Martins.

No último dia 5, a LG informou o que encerraria a produção de celulares em todo o mundo, alegando prejuízo. Depois, em reunião com os metalúrgicos, afirmou que pretende transferir outra parte de sua produção (monitores e notebooks) para Manaus, devido a incentivos fiscais. A medida ameaça 700 postos de trabalho em Taubaté.

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