Funcionários da Trensurb entram em greve a partir de terça-feira

Segundo o sindicato dos Metroviários, mais de 20% da categoriajá foi infectada e
quatro perderam a vida para a doença no RS.

Na próxima terça-feira (20), os trens não deverão funcionar das 5h às 7h. A mobilização nacional, chamada de Dia de Luta, é convocada pela Federação dos Metroferroviários (FENAMETRO) em defesa da priorização da categoria nas vacinas contra o coronavírus.

Nesta sexta-feira, os mais de 1,5 mil funcionários da estatal Trensurb devem se reunir de preto em frente a sede administrativa da empresa para reforçar o pedido. O ato é chamado como Dia Nacional do Luto. Segundo o sindicato, mais de 20% dos metroviários já foi infectado e quatro perderam a vida para a doença.

O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários do Estado (Sindimetrô) entrou na Justiça pedindo que a Trensurb passe a testar, a cada 21 dias, todos os funcionários que seguem atuando durante a pandemia de coronavírus, sob pena de multa. Os trabalhadores também solicitam que a empresa pague todos os custos que o sindicato teve até agora com a testagem.

Na ação civil pública com pedido de tutela de urgência, ajuizada na sexta-feira (17) na Justiça do Trabalho, o sindicato argumenta que, até agora, a Trensurb não realizou testes da covid-19 nos empregados, mesmo que tenham sido feitas solicitações. Pelo menos oito funcionários já tiveram diagnóstico positivo para a doença.

A entidade destaca que o trem é uma das principais formas de deslocamento usadas na Região Metropolitana e que os funcionários estão expostos a aglomerações.

“Considerando o fato de que os metroviários que continuam trabalhando estão diariamente expostos a aglomerações com EPIs inferiores aos dos profissionais da saúde, é inegável que eles estão com grande probabilidade e possibilidade de sofrerem contágio, inclusive com risco de óbito”, diz trecho da ação.

Outro argumento utilizado na ação tem como fonte estudos da área da saúde: o sindicato diz que parte da população é assintomática ou tem sintomas leves, o que potencializa as chances de transmissão do vírus a um cidadão sadio, que “pode ser um colega de trabalho ou mesmo um usuário do metrô”. Com a testagem, a sociedade como um todo estaria protegida, e não só os metroviários, conforme a entidade.

Um texto publicado no site da Trensurb afirma que a empresa realizou a contratação, junto ao Sesi-RS, do serviço de triagem dos empregados no ambiente de trabalho – o que inclui a realização de testes rápidos para a covid-19. Conforme a empresa, técnicos atuam em diferentes setores e turnos de trabalho desde o início de julho, buscando identificar sintomas da doença e avaliando a necessidade de encaminhamento para serviços de saúde e de aplicação de testes.

O contrato tem duração de 45 dias. Dependendo da avaliação da empresa, a parceria poderá ser estendida, incluindo mais testes e eventuais mudanças nos procedimentos. Sobre a ação movida pelo Sindimetrô, a Trensurb informou que ainda não foi notificada.

No início da manhã desta segunda-feira, a Trensurb entrou com uma ação na no Tribunal Regional da 4ª região (TRT4) solicitando a suspenção judicial da greve da categoria, programada para iniciar a partir das 5h desta terça-feira (20). A medida aguarda decisão.

Fonte: Agência GBC com informações de Gaúcha ZH

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