Nota oficial do presidente da CUT: ‘As armas da Democracia’

Diante da repercussão e da distorção pela mídia de suas declarações durante o evento com a presidente Dilma ontem (13), Vagner Freitas divulgou nota oficial na manhã desta quarta (14)

Em discurso nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, durante o evento "Diálogo com os Movimentos Sociais", falei que "somos todos construtores da democracia", alertei contra a onda de intolerância e a agenda de retrocesso e falei, também, em "ir para as ruas com armas nas mãos se tentarem derrubar Dilma".

A frase mais destacada da minha fala de quase oito minutos foi justamente a que citava as armas. Foi entendida como um chamado à violência, ao uso de armas de fogo. Qualquer sindicalista sabe que quando nos referimos a usar "todas as armas que forem necessárias", estamos nos referindo às armas da democracia, que é a luta por direitos, a mobilização organizada, democrática, com respeito às diferenças.

A CUT não pratica nem incita a violência. Muito pelo contrário, temos feito vários alertas contra a onda de ódio e de intolerância que vêm sendo diariamente estimuladas nos últimos meses pelos opositores do governo.

Nossas armas, todos sabem, são o poder de convencimento, a organização, a formação política, a mobilização, o debate de ideias, a ocupação dos espaços, seja as ruas, sejam os locais de trabalho, a greve geral, essa sim a nossa maior arma.
É absolutamente comum a maioria das pessoas usarem de retórica quando fazem discursos para enfatizar uma situação, em especial em momentos como este que estamos vivendo de crise política que afeta toda a sociedade sofre as consequências.

E, para encerrar, gostaria de lembrar aos que tentam criminalizar minha fala que, historicamente, os trabalhadores não empunham armas de fogo; eles são, na verdade, as grandes vítimas deste tipo de violência. Não é essa a prática nem a realidade da CUT. Nosso caminho sempre foi o diálogo para resolução de conflitos. Não é isso que queremos para o Brasil. Estamos sempre prontos para o debate, a negociação e a busca de acordos que garantam os direitos da classe trabalhadora. Esse é o nosso papel.

VAGNER FREITAS
Presidente Nacional da CUT

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