Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e entidades da região cobram compra da vacina contra Covid-19 para Campo Bom

Coordenação Intersindical de Trabalhadores também exige inclusão de
representantes dos trabalhadores no Comitê de Enfrentamento ao vírus

À exemplo de São Leopoldo e Canoas, que já aprovaram a compra da vacina contra o novo coronavírus, diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMME-SL) juntamente com dirigentes sindicais da Coordenação Intersindical de Trabalhadores de Campo Bom, protocolaram, na tarde desta segunda-feira (01), um ofício junto à prefeitura da cidade, cobrando audiência com o prefeito Luciano Orsi (PDT) para tratar da compra de doses do imunizante contra Covid-19 pelo município.

Em nota assinada pelo STIMMME-SL e pelos Sindicatos dos Sapateiros de Campo Bom, dos Servidores Municipais da cidade, dos Comerciários de Novo Hamburgo e região, dos Rodoviários, dos Vigilantes de Novo Hamburgo e região, de Bares e restaurantes, dos Gráficos de São Leopoldo e região, dos Trabalhadores na Construção e Mobiliário e pelo o Sindividro CB, os sindicalistas exigem a inclusão de representantes dos trabalhadores no Comitê de Enfrentamento ao vírus do município.

Conforme o Secretário-Geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo na região, Loricardo de Oliveira, a prefeitura reluta em atender os trabalhadores.
“Até agora o prefeito Orsi só tem se reunido com empresários, bombeiros e membros da Brigada Militar, tratando com descaso os representantes da classe trabalhadora. O que queremos, e o que toda a população de Campo Bom deseja, é vacina para todos. Queremos acompanhar o plano de imunização para fiscalizar como será realizado esse processo”, enfatizou o dirigente sindical. “Por este motivo é que cobramos a compra da vacina pelo município de Campo Bom e a nossa inclusão no comitê de enfrentamento ao vírus”, concluiu.

As entidades também demandam o pagamento de auxílio emergencial, com recursos do município, para os trabalhadores dos ramos não essenciais que tiveram seus contratos temporariamente suspensos ou que foram demitidos em razão do agravamento da pandemia na cidade.

“Exigimos que o poder público promova imediatamente, em conjunto com as empresas, a testagem ampla e rigorosa dos trabalhadores em seus locais de trabalho”, diz um dos trechos do documento.

Com ocupação de quase 100% dos leitos de UTI no estado e de números negativos que aumentam a cada novo dia, o Governo do Rio Grande do Sul determinou a suspensão da cogestão dos municípios no modelo de Distanciamento Controlado. As regras da bandeira preta passaram a vigorar no último sábado (27) e devem valer até o próximo domingo (7).

                                    Mais de seis mil contaminados por Covid em Campo Bom

Desde o início da crise sanitária, em março do ano passado, mais de 6.568 habitantes de Campo Bom foram infectados pelo novo coronavírus. Destes, 105 vieram a falecer em decorrência da doença.

Segundo o presidente do STIMMME-SL, o sindicato dos Metalúrgicos não fugirá de sua responsabilidade para com os trabalhadores da cidade.

“A nossa entidade já se colocou à disposição para auxiliar a prefeitura de São Leopoldo na vacinação da população, agora temos de estar ao lado também dos trabalhadores de Campo Bom, por isso reivindicamos testagem nas empresas e acompanhamento do plano de vacinação que o prefeito Orsi quer aplicar”, destacou Valmir Lodi.

Cristiane Mendes, presidente do Sindicato dos Comerciários de Novo Hamburgo e Região, acredita que: “muitas profissões exigem a exposição seja no deslocamento, seja no desempenho efetivo da atividade, razão pela qual também devem ser contempladas com a prioridade nas vacinas”.

Na última sexta-feira (26), a cidade recebeu mais de 520 doses da vacina FioCruz/AstraZeneca, que estão sendo repassadas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) municipais para vacinação de idosos entre 81 a 84 anos. A vacinação iniciou, mediante agendamento, nesta segunda-feira e deve prosseguir até que todas as doses sejam aplicadas, garante a prefeitura.

Conforme Vicente Selistre, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, a situação é preocupante pois desnuda a gravidade da Pandemia. “Temos de contar com o empenho e dedicação de todos, sobretudo das autoridades públicas, para barrarmos o crescimento dos casos da doença em Campo Bom e por isso vamos auxiliar e defender a classe trabalhadora, principalmente os profissionais da Saúde que estão na linha de frente no combate ao vírus”, avaliou.

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